Morre Januário de Oliveira, narrador esportivo dos bordões inesquecíveis 

Januário sofreu uma parada cardíaca enquanto tratava um quadro de pneumonia em um hospital particular de Natal-RN, no Rio Grande do Norte. Ele tinha 81 anos  

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  • Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2021 às 18:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/TV Globo

Morreu nesta segunda-feira (31), aos 81 anos, o narrador esportivo Januário de Oliveira. Ele ficou marcado pelos bordões inesquecíveis que criou ao longo dos seus quase 40 anos de carreira. A morte de Januário foi divulgada pelo também locutor esportivo Luiz Penido, no Twitter. Januário estava internado há 11 dias em Natal, no Rio Grande do Norte, onde vivia com a família. Ele sofreu uma parada cardíaca enquanto tratava uma pneumonia em um hospital particular.   Ao longo dos seus quase 40 anos de carreira, diversos bordões se eternizaram nos campos, arquibancadas e nas resenhas de amigos. "Tá aí o que você queria", anunciava o narrador no início do jogo para delírio do público. Outros bordões como "cruel, muito cruel", "sinistro", "tá aí o que você queria" e "tá lá um corpo estendido no chão", se tornaram marca registrada. No norte a sul do Brasil, o "é disso que o povo gosta" virou bordão obrigatório a cada gol marcado.   Especialmente nos anos 80 e 90, Januário apelidou diversos jogadores, que assumiram a alcunha escolhida pelo narrador, como "Super" Ézio, goleador do Fluminense, Sávio, que depois de ser apelidado de Diabo Loiro da Gávea, virou o Anjo Loiro da Gávea, após um pedido da avó da esposa do jogador a Januário. Túlio, artilheiro e ídolo no Botafogo, virou "Maravilha" graças a Januário.   Voz que embalou o futebol brasileiro por anos, e especialmente o futebol carioca, Januário de Oliveira começou a carreira na Rádio Farroupilha, em Porto Alegre. Após a mudança para o Rio de Janeiro, ele se tornou um dos principais nomes da Rádio Nacional e da Rádio Globo. Na televisão, atuou também como apresentador na TVE, Manchete e Bandeirantes. Atuou ao lado de grandes nomes da crônica esportiva brasileira como Jorge Curi, Waldir Amaral e Luiz Mendes, todos na Rádio Nacional. Além de Luciano do Valle, de quem foi parceiro na TV por quase dez anos. Ele sofria de diabetes e já havia perdido a maior parte da visão.