Morre quarta vítima de incêndio em prédio de Feira; irmã e mãe também morreram

Com 100% do corpo queimado, outra vítima continua internada do HGE

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  • Tailane Muniz

Publicado em 7 de dezembro de 2018 às 17:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Almiro Lopes/CORREIO

Três dias após dar entrada no Hospital Geral do Estado (HGE), morreu, na manhã desta sexta-feira (7), Bruna Mile Ferreira Barbosa, 24 anos, a quarta vítima do incêncio que atingiu um prédio habitacional, em Feira de Santana, na madrugada de terça-feira (4). A vítima teve 90% do corpo queimado. 

A mãe e a irmã da jovem, Emília Lima Ferreira, 50, e Jéssica Ferreira Barbosa, 25, não resistiram aos ferimentos e também morreram. Além delas, o fogo também interrompeu a vida de Bárbara Brás, 20, que morreu no local, antes mesmo de ser socorrida. A mãe da garota, Neuciane Souza Brás, 48, teve 100% do corpo queimado e segue internada no HGE. 

Conforme informações do Boletim de Ocorrência da unidade de saúde, Bruna morreu por volta de 5h. As vítimas, a princípio, foram socorridas para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira, e transferidas em helicóptero da Polícia Militar para o HGE ainda na terça-feira (4).

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), confirmou que, de um total de oito vítimas do incêndio, quatro morreram,  três receberam alta após darem entrada no HGCA e uma continua internada no HGE. Primeira vítima do fogo, Bábara morreu antes de ser socorrida (Foto: Reprodução) Incêndio A Polícia Civil ainda investiga as causas do incêndio, que começou por volta das 4h, em uma casa do Residencial Iguatemi I, bairro Mangabeira. A suspeita é de que o fogo tenha sido iniciado após um curto-circuito.

Conforme o Corpo de Bombeiros Militares da Bahia (CBM-BA), o edifício, de quatro andares, tinha extintores vazios e com validade vencida há cinco anos. 

Segundo a subtenente do CBM-BA, Carla Souza, a quantidade de extintores também estava errada de acordo com a legislação: o correto é que o condomínio tenha dois extintores por andar e, no caso do Iguatemi, os equipamentos existiam apenas no térreo. 

Carla Souza, que trabalhou na operação de resgate, afirmou que os bombeiros receberam o chamado às 5h da manhã, e demoraram cerca de seis minutos para se deslocar até o local da ocorrência. 

Ao chegarem, constataram que a única saída do prédio estava bloqueada por duas motos - também foram atingidas pelas chamas, o que impedia a passagem dos moradores.

A subtenente acrescentou, ainda,  que Jéssica e Emília entraram em pânico. Mãe e filha desceram do quarto andar, onde moravam, e tentaram atravessar o fogo no térreo. As chamas atingiram as vítimas, que não sobreviveram.

Informações sobre o enterro de Bruna Mile ainda não foram divulgadas pela família.