Morte de Cristiano Araújo e Allana Moraes completa 3 anos; relembre

Até hoje, motorista do carro em que o casal estava não cumpriu pena; seguro também não foi repassado aos filhos do cantor

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  • Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2018 às 11:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/Instagram

Há exatos três anos, uma notícia entristecia o Brasil e, principalmente, os fãs da música sertaneja: o cantor goiano Cristiano Araújo havia sofrido um acidente de carro na BR-153, em Morrinhos, no estado de Goiás, e não resistia aos ferimentos.

A morte do artista, aos 29 anos, foi decretada na manhã do dia 24 de junho de 2015, juntamente com o falecimento da namorada, Allana Moraes, de 19. O carro em que estavam Cristiano Araújo e a namorada, Allana (Foto: Marcos Antonio Costa/Estadão Conteúdo) Os dois estavam em um veículo dirigido por Ronaldo Miranda Ribeiro, que sofreu ferimentos, mas sobreviveu. O motorista, aliás, foi condenado por duplo homicídio culposo - quado não há intenção de matar - mas ainda não começou a cumprir a sentença. O casal (ao fundo) e o motorista do veículo, Ronaldo (Foto: Reprodução/Instagram) A pena determinada pela Justiça era de 2 anos e 7 meses de prisão, que foi convertida em prestação de serviços à sociedade, pagamento de indenização no valor de R$ 25 mil e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por dois anos. 

A defesa de Ronaldo, porém, pediu esclarecimentos sobre a decisão, o que acabou adiando o início da decisão. 

Atualmente, ele trabalha com o sertanejo Marrone. Além de Cristiano, Allana e Ronaldo, estava no carro o empresário Victor Leonardo, que também ficou ferido.

A morte do cantor ganhou mais notoriedade quando foram divulgadas imagens do corpo dele sendo preparado para o velório. O pai de Cristiano, João Reis, recorreu à Justiça para que as fotos fossem retiradas do Google e Facebook. Funcionários de clínica onde corpo de Cristiano Araújo foi filmado (Foto: Divulgação) Disputa judicial Até hoje, o valor referente ao seguro do veículo em que o sertanejo estava ainda não foi repassado aos beneficiários. Cristiano deixou dois filhos, João Gabriel e Bernardo, que hoje têm, respectivamente, 9 e 5 anos. Só que o carro - Range Rover - estava vinculado a um empresário, que não teve o nome divulgado.

Segundo o G1, a advogada Marly Marçal, que representa o homem, disse que seu cliente comprou o carro à vista, para uso próprio, mas ficou apenas dez dias com ele. O carro seria de um empresário (Foto: Reprodução/PRF) É que, ainda de acordo com Marly, o empresário viu que Cristiano usava uma caminhonete mais velha e, como trabalhavam juntos, cedeu seu veículo para o cantor realizar as viagens. Ele estaria preocupado com a segurança do artista.

Os dois, então, teriam feito um acordo informal, em que o sertanejo pagaria ao homem metade do valor - R$ 200 mil - em dois meses. O restante seria retirado da empresa que mantinha a carreira do artista, da qual eles, juntos com mais dois sócios, faziam parte.

Assim, Cristiano usava a Range Rover desde abril de 2015, dois meses antes do acidente, para viagens curtas. Cristiano usava o veículo desde abril de 2015 (Foto: Rubens Cerqueira/Divulgação) O cantor, porém, morreu antes de fazer qualquer repasse ao empresário. A defensora, então, recorreu à Justiça, tentando obter a restituição. Foi quando surgiu Elisa Barbosa Leite, mãe do filho mais novo de Cristiano, Bernardo. 

A dentista é inventariante no processo que divide os bens do sertanejo e, segundo seu advogado, Luiz Fernando Freitas Pires, ela apresentou documentos que comprovariam que o veículo era do artista. Allana era namorada de Cristiano e morreu aos 19 anos (Foto: Reprodução/Instagram) No dia 15 de março de 2016 o juiz Diego Custódio Borges deu ganho de causa à Elisa. Assim, tanto Bernardo quanto João Gabriel teriam direito a R$ 100 mil, cada. E R$ 214 mil deveriam ser repassados ao empresário, que decidiu não recorrer mais.

Apesar de terem chegado a um acordo, a quantia, R$ 412 mil, foi depositada na conta ligada ao processo do inventário do sertanejo. O casal faleceu na manhã do dia 24 de junho de 2015 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) Os herdeiros só podem ter acesso ao valor que lhes cabem quando o inventário for concluído - o que não deve acontecer ainda em 2018. Já o empresário, por não ser herdeiro, pode fazer o pedido à Justiça para retirar sua parte. Segundo Marly Marçal, ao G1, isso acontecerá nos próximos dias.