Motorista morre após grade de ferro atravessar carro na Avenida Paralela

Acidente aconteceu nesta manhã, próximo ao Bairro da Paz

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  • Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2018 às 09:34

- Atualizado há um ano

A assistente social Ana Carolina Andrade, 32 anos, morreu em um grave acidente na Avenida Paralela, na manhã desta terça-feira (3). Dois carros se chocaram na via, no sentido aeroporto, e um dos veículos rodou na pista e atingiu o guard rail (proteção metálica) do canteiro central. O acidente aconteceu por volta das 8h40, próximo ao Bairro da Paz. 

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O ferro atravessou todo o veículo pelo lado da motorista, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Viaturas da Polícia Militar e da Transalvador, além de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram para o local. O corpo da motorista foi retirado 12h por uma equipe do Corpo de Bombeiros. 

Um bebê de três meses também estava dentro do carro no momento da colisão, mas como estava na cadeirinha, não ficou ferido. O marido da motorista, Leandro Nery, 36, estava ao lado do filho, no fundo do veículo."Eu não vi tudo, mas vi que ela chocou primeiro contra o guard rail, girou e nessa o outro carro, um  J3 da Jac Motors, veio e bateu nela. Aí já era tarde. Ela morreu na hora", disse um operário, sem se identificar.Segundo informações do ambulante Vagner Souza, 39, Ana vinha conduzindo o veículo em alta velocidade quando foi desviar de uma moto. "Ela desviou da moto e já perdeu o controle para a esquerda e pegou direto o ferro [guard rail]. Depois o carro girou e parou na contramão, vimos o rapaz [Leandro] atrás. Ela ainda estava viva, os olhos abertos, trêmula.

A criança foi retirada primeiro, por um socorrista que trabalha na obra do metrô. Depois o homem foi retirado. "Os dois aparentavam estar bem. A moça morreu um tempo depois, não aguentou", relatou. O bebê e Leandro foram socorridos para o Hospital São Rafael, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 

O primo de Leandro, que esteve no local do acidente para recolher pertences da família como a cadeirinha do bebê e um classificador com documentos, não quis falar com jornalistas. Mas confirmou que o casal era pai da criança, sem fornecer, no entanto, mais informações.

Responsável por coordenar a retirada do corpo, o tenente Carvalho, da equipe do Corpo de Bombeiros, explicou que o processo seria mais demorado em função da violência do acidente. 

Além dos bombeiros, policiais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estavam no local para realizar perícia no veículo. "Pela violência, há a necessidade do auxílio do trabalho da Polícia Civil. Após chegada dos peritos, que já estão a caminho, daremos início ao processo", concluiu o tenente.

"Percebemos que há uma estrutura difícil [guard rail] dificultando essa retirada. Não atravessou em cheio o corpo da vítima, mas precisaremos de muito cuidado para preservar minimamente este corpo", disse ao CORREIO.

Perito do DPT, Agnaldo Petrônio afirmou que ainda é cedo para apontar as causas mas que alguma coisa impulsionou a motorista para a esquerda. "É cedo para fazer qualquer afirmação, ainda vamos periciar o segundo veículo [J3], mas por alguma razão a motorista inclinou para a sua esquerda e acertou o guard rail. Não encontrei marcas que indiquem que ela estava em velocidade acima da permitida mas só a perícia finalizada poderá indicar as causas", ponderou Agnaldo. Ainda segundo o perito, a vítima sofreu lesões em toda perna esquerda, atingida pelo equipamento metálico.