O Ministério Público Eleitoral (MPE) vai investigar possíveis candidaturas “fantasmas” de mulheres para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. A suspeita é que alguns partidos ou coligações tenham lançado postulantes femininas apenas para cumprir a cota de 30% de mulheres nas chapas proporcionais. Tanto na disputa pelo Legislativo estadual quanto pelo federal, as dez candidaturas com menor número de votos são mulheres. Para deputado estadual e federal, as candidatas menos votadas tiveram apenas três apoios cada. Elas também não tiveram gastos de campanha.
O chefe do MPE, Cláudio Gusmão, contou que está aguardando dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para iniciar a apuração. Segundo ele, três indícios podem apontar para candidaturas fantasmas: votação zerada ou próxima de zero; nenhum gasto de campanha; e sem aparição na propaganda de TV e rádio. “A partir daí, vamos, por amostragem, escolher duas ou três mulheres e pedir para que elas venham à Procuradoria”, disse.
Crítica
Cláudio Gusmão acredita que a atual legislação, ao reservar percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas, já se mostrou ineficiente para ampliar a participação das mulheres na política. Para ele, o ideal era que houvesse uma cota para as próprias casas legislativas. “Aí os partidos iriam se esforçar para viabilizar as candidaturas de mulheres. Se tivesse, por exemplo, 10% na Casa reservado para mulher, os partidos iram criar condições para preencher aquelas vagas”, afirma. Gusmão ressalta que as siglas continuam priorizando quem já tem mandato ou tem fama no meio político.
Voz da experiência
Parlamentar mais longevo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Jurandy Oliveira (PRP) decidiu lançar sua pré-candidatura à presidência da Casa. Com o início do décimo mandato, em janeiro de 2019, Jurandy quer agora comandar o Legislativo. “A história me credencia ao cargo”, justifica. Ele diz que já começou a conversar com os colegas e vai procurar, também, os principais líderes partidários da Bahia. Ele, que está na Casa desde 1971, já havia tentado concorrer ao cargo uma vez, mas desistiu para apoiar o ex-presidente Marcelo Nilo (PSB).
Defesa
O Tribunal de Justiça (TJ) trancou uma ação penal movida pela polícia contra uma advogada de Barreiras. Ela contou que foi processada após ter o acesso a um cliente dificultado por policiais durante uma blitz. Inicialmente, ela buscou a Ordem dos Advogados (OAB), mas, depois, recorreu ao advogado Gamil Föppel. Segundo a advogada, o habeas corpus que levou ao arquivamento da ação de Gamil foi aceito, mas o da Ordem, foi negado pelo TJ.
Empurrãozinho
Surpresa no último domingo, o deputado estadual eleito Tum (PSC) contou com um apoio decisivo do irmão, o prefeito de Casa Nova, Wilker Torres (PSB), para conseguir a vitória. Tum teve quase metade dos 40 mil votos somente no município. No total, foram 17,4 mil votos em Casa Nova.
"A região Nordeste, berço da cultura nacional, e seu povo não podem ser atacados por oportunistas de diferentes matizes ideológicos, que insuflam o ódio e se valem do radicalismo para conseguir dividendos eleitorais. Sem respeito à diferença de pensamento e tolerância às divergências políticas, não há democracia", Bruno Reis, vice-prefeito de Salvador, do DEM, ao criticar os ataques contra nordestinos nas redes sociais após o resultado eleitoral
"Primeiro que quem fugiu da disputa foi Wagner que, convocado pelo presidiário Lula para ser o candidato petista à Presidência da República, recusou com medo de perder a eleição, o foro privilegiado e ser preso a qualquer momento", Paulo Azi, deputado federal, do DEM, ao criticar os ataques feitos pelo ex-governador Jaques Wagner (PT) ao prefeito ACM Neto (DEM)