MRV lança complexo em Villas do Atlântico com apartamentos a partir de R$ 170 mil

Em entrevista ao CORREIO, gestor executivo de vendas da empresa revelou detalhes

"A classe média alta vai voltar a comprar imóveis", diz Luis Felipe Monteiro, da MRV. (Foto: Divulgação) Após completar 10 anos de atividades na Bahia, a MRV se prepara para quebrar uma nova barreira. Líder de mercado no segmento popular,  a construtora vai lançar o seu primeiro empreendimento médio padrão no estado, em  Vilas do Atlântico, sinalizando o interesse em disputar a preferência da classe média alta, que deve retornar ao mercado, acredita, no próximo ano. Em bate-papo com o CORREIO, o gestor executivo de vendas Bahia e Sergipe da empresa, Luís Felipe Monteiro, revelou detalhes do lançamento e fez um balanço de números em 2018, as expectativas para os últimos meses do ano e o que esperar em termos de novidade para 2019. 

Agora na reta final do ano, a MRV deve liberar uma série de novidades, o que o consumidor deve aguardar?  Nossa grande novidade é o lançamento do Solar de Vilas, que é um megacomplexo residencial em Lauro de Freitas, que será construído na região da Unime, próximo ao novo shopping. É um empreendimento com sete condomínios, que vai mudar o rumo do mercado imobiliário, pois vai dar um push nos números. Estaremos disponibilizando 1.960 unidades, lá vamos trabalhar imóveis de R$ 170 mil a R$ 230 mil, divididos em três tipos. Serão os blocos de apartamentos com dois quartos sem suíte e  41m². As torres, que são mais nobres, com unidades de 45m², dois quartos e varanda,  estão no limite do Minha Casa Minha Vida, faixa 3, cerca de R$ 180 mil. E agora em novembro vamos lançar o SBPE, que está fora do Minha Casa Minha Vida e sai um pouco do tipo de produto que a MRV está acostumada a lançar, pois está na faixa de R$ 230 mil. São dois quartos com suíte. 

Além da diversificação nos preços, o que o Solar de Vilas traz como atrativo para os clientes?  Esses empreendimentos serão contemplados pela linha Bio, que é a mais nobre da MRV. Então, todos terão elevadores, energia solar em áreas comuns, piso laminado na sala e quartos, área de lazer completa, sistema de segurança, além de contar com um ‘pocket park’ que será uma área arborizada para prática de atividades ao ar livre e convívio dos moradores.

O lançamento de um empreendimento dessa dimensão é uma resposta à redução do estoque?  A situação de estoque estava ficando crítica, pois estávamos vendendo muito e sem termos capacidade de reposição. Agora em setembro, antes do início das vendas do Solar de Vilas, tínhamos apenas 400 unidades, contra uma venda média de 120 apartamentos por mês. Se todos os projetos que restam para o ano forem liberados, vamos fechar 2018 com 2,8 mil unidades vendidas, frente a 2.364 em 2017, o que representa um bom crescimento.

O que levou a MRV a concentrar os lançamentos na reta final do ano?  Tivemos alguns pequenos atrasos em relação à burocracia, então alguns produtos que estavam planejados para o início do ano só estão saindo agora. Estamos chegando com o Solar de Vilas, que é um empreendimento grande, e o Salvador Garden (Cia-Aeroporto). Em meados do ano, lançamos o Solar do Jardim, e saiu mais uma etapa do Solar da Costa (Abrantes). Ainda temos mais dois previstos para este ano, o Parque Solaris (Cia-Aeroporto) e o Serraville, que será o primeiro faixa 1,5 da MRV na cidade.

Sobre o ano da MRV no interior, qual o balanço de lançamentos?  Tivemos alguns lançamentos fora da Região Metropolitana de Salvador. Em Feira, lançamos o Palace Fraga Maia, que é a continuação de um produto lançado no ano passado, e agora temos o primeiro condomínio de casas da MRV, o Flor do Sertão, que deve ser lançado em novembro, aproveitando a preferência que o consumidor local tem por esse tipo de imóvel. Já em Vitória da Conquista, lançamos o Vitória Belvedere, que é faixa 1,5; e até o final do ano vamos lançar o Vitória Real, no centro da cidade, uma localização privilegiada entre duas importantes avenidas, dois quartos sem suíte, por cerca de R$ 145 mil. Não tem imóvel do Minha Casa Minha Vida em Conquista com essa estrutura. Somando Região Metropolitana de Salvador e interior, disponibilizamos um total de 3.561 unidades, que vão gerar um valor geral de vendas de R$ 580 milhões para a MRV.

Novos municípios já estão no radar da MRV para o próximo ano? Inicialmente, chegamos a falar sobre a possibilidade de entrar nos mercados de Itabuna e Ilhéus, mas percebemos que é mais importante diversificar a nossa oferta de produtos nas cidades onde já estamos presentes. Em Salvador, por exemplo, temos adotado um conceito de varejo, até para atender a demanda de pessoas que já moram em determinados bairros, mas buscam uma moradia mais qualificada. Nossa ideia é pulverizar, colocar produtos em lugares diferentes para alcançar públicos diferentes e, ampliando a escala de preço, tendo unidades de R$ 122 mil a R$ 250 mil.

E qual o papel do médio padrão com o lançamento do SBPE, nesse planejamento de diversificação do catálogo da construtora? Acreditamos que a economia vai melhorar e a classe média alta vai voltar a comprar imóveis. Então, estamos procurando ampliar as linhas de produtos. Apesar do foco no segmento popular, já construímos até empreendimentos de alto padrão em cidades como Belo Horizonte (MG) e Campinas (SP), ou seja um padrão muito mais caro até do que o lançamento do Solar de Vilas, pois temos know how e expertise para isso. Vamos construir um médio que vai nos permitir diversificar, atendendo uma pessoa com uma renda um pouco maior. Com esse projeto do SBPE, vamos alcançar um público de renda familiar entre R$ 8 mil e R$ 9 mil, em áreas nobres, beira de importantes vias da cidade.

Um dos lançamentos mais aguardados é um residencial nas imediações do Shopping da Bahia. Sai ainda este ano? O projeto do Iguatemi foi postergado para o próximo ano, pois ele ainda está em processo de aprovação na Prefeitura. Com certeza, lançaremos no primeiro trimestre de 2019.

Quem é Com formação em Administração de Empresas pela Faculdade Ruy Barbosa e especialização em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getulio Vargas (FGV), iniciou no mercado imobiliário em 2007, até entrar na MRV Engenharia, onde ocupa o cargo de gestor executivo de vendas Bahia e Sergipe.