Mulher é baleada por ex na porta de casa; vítima tem medida protetiva

Ex-marido atirou várias vezes, atingindo a mulher nas costas

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  • Tailane Muniz

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 10:42

- Atualizado há um ano

Uma mulher identificada como Tailane dos Santos Santana, 25 anos, foi baleada nas costas pelo ex-marido, na noite deste domingo (3), no bairro de Cosme de Farias. A vítima tem uma medida protetiva da Justiça baiana que proíbe o suspeito de se aproximar a menos de 500 metros dela.

Tailane foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE), de onde já recebeu alta médica. Conforme boletim policial registrado na unidade de saúde, a vítima contou que o ex-marido, Diógenes Cerqueira de Sousa, atirou várias vezes em sua direção, a atingindo nas costas. Ainda conforme o boletim registrado no HGE, Tailane tem uma medida protetiva contra o suspeito.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma guarnição da 58° Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Cosme de Farias) foi acionada para atender uma ocorrência de tentativa de homicídio.

Ao chegar no local, encontraram a vítima baleada. "De acordo com testemunhas, dois homens a bordo de uma motocicleta deflagraram vários disparos contra a mulher. O atual companheiro da vítima afirmou que a foi ameaçada pelo ex-marido, e tinha realizado um boletim de ocorrência em junho", completa nota.

Conforme registro na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a jovem foi espancada por Diógenes em fevereiro deste ano, chegando a ficar inconsciente. "Vítima relata que levou socos, pontapés, empurrões e chegou a perder a consciência", diz ocorrência. Na época, a mulher foi socorrida por familiares para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brotas.

O crime está sendo investigado pela Deam. Ao CORREIO, a titular da especializada, delegada Heleneci Nascimento, disse que não podia confirmar a existência da medida. "Existe uma ocorrência de fevereiro, de fato, em que há relatos de violência sofrida. A vítima solicitou a medida mas eu não tenho a confirmação de que esta foi deferida pela Justiça", pontuou.

Ainda conforme Heleneci, mesmo após ser autorizada pelo Tribunal de Justica da Bahia (TJ-BA), o suspeito só pode ser autuado por ter infringido a medida depois que ele é oficialmente notificado pela Justiça. "Ele precisa ter sido notificado da decisão judicial. Caso ele tenha recebido esta notificação, o delegado responsável por investigar este caso específico pode solicitar a prisão preventiva ao juiz", explicou.

A delegada informou que após solicitada pelo delegado, ou pelo Ministério Público, o juiz tem até 48 horas para autorizar a medida protetiva para a vítima. "Este prazo pode ser maior, dependendo da demanda que o magistrado tenha, da quantidade de processos que ele tem para revisar. A partir do momento que a medida tem validade, com o acusado devidamente notificado, o descumprimento - ou seja, a aproximação da vítima - já pode ocasionar a prisão em flagrante", completou Heleneci.