Mulher é presa por forjar o próprio sequestro e exigir R$ 300 mil do marido

Caso foi no Rio Grande do Sul; polícia procura por comparsas dela

Foi presa em flagrante uma mulher acusada de forjar o próprio sequestro para extorquir o marido no Rio Grande do Sul. A suspeita, que não teve nome divulgado, chegou a pedir "resgate" de R$ 300 mil. Ela foi presa na quinta-feira (17) na cidade de Nova Hamburgo. "Ela foi localizada após uma teatral libertação de seu local de cativeiro", contou ao G1 o delegado João Paulo de Abreu.

O sequestro teria acontecido na quarta, em  Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre.  A mulher avisou ao marido, que é empresário, que ia até o bairro de Águas Claras para fazer compras e ir ao banco. Depois disso, não retornouu. Uma mensagem de celular mais tarde informou que ela tinha sido sequestrada. Mais tarde, outro SMS exigia o resgate de R$ 300 mil. Os supostos bandidos ainda relatavam que a esposa dele estava grávida, o que não é verdade.

O marido foi instruído a conseguir o dinheiro em prazo de 48 horas e orientado a não chamar a polícia. Mesmo assim, ele foi até a Polícia Civil para pedir ajuda e não pagou o resgate. A polícia foi imediatamente acionada e começou a investigar. 

A Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) começou a investigar e descobriu ontem que tudo era um golpe tramado pela falsa sequestrada. Um dos comparsas no golpe - são pelo menos dois - descobriu que a polícia estava investigando e avisou para que a mulher se entregasse.

Ela então deixou o falso cativeiro e fingiu que tinha sido abandonada em um motel de Novo Hamburgo. De lá, foi até um posto de gasolina e pediu ajuda, fingindo que tinha acabado de ser liberada. Ela foi levada então para a delegacia. Inicialmente, a mulher negou a fraude, mas acabou confessando tudo quando confrontada com provas apresentadas pela polícia. Ela alegou que resolveu fingir o sequestro porque estava sendo ameaçada por um grupo de pessoas que exigia R$ 300 mil para não matar seu marido.

A mulher foi presa em flagrante por estelionato, falsa comunicação de crime e organização de crime. Ela passou por exames e foi encaminhada ao Presídio Madre Peletier, em Porto Alegre. Os comparsas ainda não foram presos.