Mulheres são presas na Barra furtando com 'sacolas mágicas'

Mais de R$ 300 em protetor solar e multivitamínicos foram achados nas bolsas

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  • Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 10:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Duas mulheres foram presas com mais de R$ 300 em produtos furtados de farmácias da Barra nesta quinta-feira (8). De acordo com a Polícia Civil, a dupla utilizava "sacolas mágicas" para desativar os dispositivos antifurtos das lojas.

As bolsas que Ane Caroline Silva Santos, 20 anos, e Vanessa Coelho dos Reis, 22, utilizavam para cometer os furtos eram revestidas com papel alumínio e cobertas com fita adesiva. Elas ainda levaram imãs para auxiliar a driblar os alarmes. Os furtos foram cometidos na Rua Marquês de Caravela. 

“Elas chegaram a entrar num terceiro estabelecimento, mas não conseguiram levar nenhum produto, já que os funcionários desconfiaram da movimentação das duas”, explicou a delegada Carmem Dolores, titular da 14ª Delegacia (Barra). 

Na bolsa das mulheres, que foram autuadas em flagrante, policiais militares acharam diversos frascos de protetor solar e multivitamínicos. Elas foram abordadas pela PM na saída de uma das lojas. 

Vanessa responde a dois inquéritos policiais por furtos em supermercados de Lauro de Freitas. Ela e Ane devem seguir para audiências de custódia.

Sacola mágica O professor de física Raimundo Muniz explica que o papel alumínio é um metal e é utilizado para fazer uma espécie de "blindagem eletromagnética". Ele explicou que o metal serviria para atenuar as ondas emitidas pela  etiquetas antifurto que são acopladas nos produtos. 

"Qualquer coisa metálica que envolva totalmente um transmissor ou um receptor faz essa blindagem que é conhecida como Gaiola de Faraday", explicou.

A gaiola seria o compartimento de metal que impede a entrada ou a saída de um campo eletromagnético. 

Ele comparou o efeito a um exemplo prático do cotidiano de todos. "É o mesmo efeito que acontece quando entramos no elevador e os celulares ficam com pouco - ou nenhum - sinal. A transmissão do celular é via ondas eletromagnéticas", destacou.

O professor destacou, no entanto, que nem sempre a gambiarra pode funcionar. 

"Claro que isso não é 100%. O metal dá uma atenuação que é muito grande, mas mesmo assim, às vezes, conseguimos falar dentro do elevador. Se o receptor do lugar é muito bom, pode ser que mesmo com isso o alarme toque", disse, reiterando que há antenas antifurto capazes de acusar o roubo, mesmo com o uso da "sacola mágica".