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Ferramenta gratuita possibilita visita completa ao espaço pela internet
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2020 às 12:02
- Atualizado há um ano
As portas físicas de diversos museus estão fechadas para conter a disseminação do novo coronavírus. No entanto, as ‘portas digitais’ desses espaços culturais estão escancaradas para receber o público pela internet.
Esse é o caso do Museu da Misericórdia, da Santa Casa da Bahia. O espaço disponibiliza tour digital para baianos e turistas. Gratuita, a ferramenta está disponível no site do museu e pode ser acessada via celulares, tablets e computadores, em qualquer lugar do mundo.
O roteiro tem início na Rua da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador, e abrange todos os salões e alas do espaço cultural com a geração de imagens em 360º. Ao clicar em ícones, o visitante tem informações sobre as obras e elementos artísticos que compõe o acervo formado por mais de 3.800 peças.
“Outros museus do Brasil e do mundo também fazem uso da ferramenta como atrativo e para ampliar o acesso da população à cultura. Neste momento de isolamento social que estamos vivendo, o recurso se torna uma excelente alternativa para entreter os apreciadores da arte, adultos e crianças”, afirma a museóloga do Museu da Misericórdia, Osvaldina Cezar.
No tour digital, o visitante vai poder conferir um legado de mais de 470 anos de história. O museu está instalado em um palacete do século XVII, que já abrigou o primeiro hospital da Bahia.
Na sua estrutura, destaque para os azulejos de 1712 que reproduzem a Procissão do Fogaréu, que a Irmandade da Santa Casa realizava na noite de Quinta-Feira Santa, e para a sala com quadros do expoente pintor barroco José Joaquim da Rocha que retratam a Paixão de Cristo.
O primeiro carro movido a gasolina que chegou à Bahia, a cadeira feita exclusivamente para a visita de D. Pedro II, em 1859, e a escrivaninha de Ruy Barbosa, que foi funcionário da Santa Casa da Bahia, também estão em exposição no espaço cultural.
O Museu ainda mantém em exposição fixa as 14 peças que representam as Obras de Misericórdia, dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir aos enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos; dar bom conselho; ensinar os ignorantes; corrigir os que erram; consolar os aflitos; perdoar as injúrias; sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo e rogar a Deus por vivos e defuntos.
O Museu da Misericórdia ainda conta com quadros que retratam Antônio de Lacerda, projetista e executor da obra do Elevador Lacerda, e Raimunda Porcina de Jesus, que alforriou os escravos da Filarmônica dos Chapadistas.