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Na prorrogação, Liverpool bate Flamengo e é campeão do Mundial


 

Firmino fez o único gol da partida, aos 8 minutos do tempo extra

  • Giuliana Mancini

Publicado em 21/12/2019 às 17:10:00
Atualizado em 20/04/2023 às 15:40:07
. Crédito: Foto: Mustafa Abumunes/AFP

Demorou 38 anos até que a reedição da final do Mundial de Clubes de 1981, entre Flamengo e Liverpool, finalmente chegasse. Era a taça que faltava ao rubro-negro para coroar seu ano especial, em que foi campeão do Carioca, Brasileiro e Libertadores. Pedia o mundo de novo e tinha a chance de conseguí-lo. Mas o roteiro da decisão, neste sábado (21), no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, no Catar, não saiu como os planos.

O Fla tentou, tentou e tentou balançar as redes inglesas. Jogou de igual para igual e, em certos momentos, foi até melhor que o vencedor da Liga dos Campeões da Europa e atual líder da Premier League. Mas não conseguia o gol. O mesmo do lado do rival, que via seus principais astrosperderem chances claras. Ao fim do tempo regular, o 0x0 persistiu - vinha a prorrogação.

Aos 8 minutos do tempo extra, saiu o único gol do duelo. E era brasileiro. Só que de Roberto Firmino, pelos Reds. O Flamengo ainda teve chance de empate, mas não deu. Estava decretada a derrota por 1x0. E acabava o sonho do bicampeonato em 2019.

Com a vitória, o Liverpool chegou ao seu primeiro título mundial. Antes, jogando, havia perdido naquele 1981 para o rubro-negro; em 1984, para o Independiente, da Argentina; e em 2005, para o São Paulo.

O jogo Se para a semifinal, contra o Monterrey, Jürgen Klopp tinha poupado vários dos seus titulares, para a decisão, escalou força máxima. O mesmo no lado do Flamengo de Jorge Jesus. E, como era de se imaginar, a partida foi bem movimentada.

O Liverpool foi quem deu o primeiro susto. Justamente com Firmino, no primeiro minuto. Recebeu de Henderson, driblou Rodrigo Caio e finalizou por cima do gol de Diego Alves. Com seis minutos, Keita e Alexander-Arnold já haviam  perdido outras oportunidades.

Aos 15, o Flamengo equilibrou a partida. Cresceu, se impôs e foi capaz de ser mais perigoso que os Reds. Principalmente com Bruno Henrique, que teve três oportunidades pelos lados. Rodrigo Caio, na zaga, também mostrava serviço. Ao fim da etapa, o clube da Gávea apareceu com quase 60% de posse de bola.

No segundo tempo, o roteiro foi parecido: Liverpool iniciando com ótimas chance -, e desperdiçando - e o rubro-negro equilibrando depois. Em quatro momentos, Gabigol chegou perto de abrir o placar.

No fim da etapa, dois enormes sustos para os flamenguistas. Aos 40 minutos, Mané disparou em contra-ataque e acionou Salah, que tocou para Henderson. O meia bateu forte e Diego Alves conseguiu buscar.

Aos 45, Mané recebeu de Firmino e, na cara do gol, foi derrubado por Rafinha. O árbitro deu cartão amarelo ao camisa 13 do Fla e foi revisar o lance no VAR por um possível pênalti. Após olhar as imagens, considerou que não houve falta e anulou o cartão.

Com o 0x0 no tempo regular, veio a prorrogação. E, de novo, o Liverpool iniciava a etapa se impondo. Só que, se até então a estratégia não tinha funcionado, tudo mudou. Henderson lançou Mané, que achou Firmino livre. O brasileiro - que já havia marcado o gol da vitória sobre o Monterrey na semifinal - foi decisivo mais uma vez e mandou para o fundo das redes aos 8 minutos.

O Flamengo voltou a se impôr e tentava empatar, na esperança de repetir o roteiro da virada mágica na final da Libertadores, contra o River Plate, em novembro. Mas, dessa vez, o gol não saiu.