Não há associação entre reposição hormonal e câncer de mama

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  • Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 14:00

- Atualizado há um ano

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A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), conhecida pelos diversos benefícios à saúde da mulher que sofre com os desequilíbrios hormonais no período da menopausa, sempre volta a ser pauta no Outubro Rosa. Isto porque há, popularmente, uma equivocada associação entre o tratamento com a incidência da doença.

No entanto, consciente da total inconsistência dessa correlação, a classe médica, através dos mais respeitados estudos do segmento no mundo, descarta que essa seja uma possibilidade real, reafirmando que qualquer resistência à prescrição do tratamento não tem, na minha opinião, nenhuma fundamentação técnica e cientifica.

Entende-se que essa associação equivocada surge pelo fato de que a idade das mulheres cuja taxa de incidência do câncer é justamente a mesma em que a TRH costuma se iniciar, ou seja, a partir dos 50 anos. É preciso, portanto, tranquilizar as pacientes acerca da segurança, diferencial e eficácia da reposição hormonal.

Paralelo a isso, é importante lembrar: a nossa qualidade de vida depende muito do equilíbrio hormonal e, na juventude, quando produzimos níveis elevados de hormônios, a incidência do Câncer de Mama é potencialmente menor do que quando estamos na idade mais avançada com carência dos hormônios.

Vale reforçar ainda que, ao falar sobre Câncer de Mama, não estamos falando sobre uma doença que possui apenas causa específica. O surgimento do câncer está relacionado a multifatores, que vão desde à predisposição genética a hábitos de vida negativos como tabagismo, ingestão exagerada e frequente de bebidas alcoólicas, obesidade e o sedentarismo.

Esses são os verdadeiros vilões da saúde, de forma geral, e é na solução deles que devemos nos preocupar na luta contra a incidência do Câncer de Mama.

Luiz Carlos Calmon é ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho

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