Não há bola de cristal na democracia

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Uma frase me chamou a atenção durante a última semana. Em meio à crise do Vitória, o ex-presidente Alexi Portela Júnior disparou, em entrevista ao Bahia Notícias: “Está aí o resultado da democracia”. Segundo Portela Júnior, o Leão não estava preparado para a democracia do jeito que ela foi feita. Ou seja, a culpa da crise caiu no colo do torcedor. 

É bom que se diga que na democracia não há bola de cristal. Mas o importante é que os torcedores do rubro-negro possam, sim, escolher seu presidente. Erros e acertos são consequências, mas nem uma, nem duas, nem dez administrações ruins são motivos para se questionar o processo. Apenas, os escolhidos por meio dele.

Além disso, os processos funcionam de maneira distinta nas agremiações exatamente pelo fato de cada uma ter características históricas acumuladas ao longo de muito tempo.

Não foi por culpa da democracia que o Vitória teve seis presidentes nos últimos cinco anos, que viu dirigentes gastarem mais do que deviam. É falta de fiscalização e garanto: tinha muito mais torcedor preocupado com o dinheiro do clube do que quem está lá dentro.

Vivemos uma era minada, em que erros de gestão são usados para minar os processos democráticos. O interesse na regressão não é de quem escolhe. Me parece que é de quem está, de butuca, esperando o circo pegar fogo para aparecer fantasiado de bombeiro. Não seria o caso de Alexi, mas sim de outros cartolas. 

Surfe Por falar em eleições, quem enfrenta problemas na sua gestão, a pouco mais de um ano de uma estreia olímpica, é a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf).

Na última quinta, a Justiça Federal determinou a volta do presidente Adalvo Argolo à entidade. Ele havia sido afastado em dezembro, após liminar concedida por conta de um pedido do vice, Guilherme Pollastri, que alegava falha na prestação de contas da CBSurf, além do fornecimento de um endereço falso.

Os atletas, em sua grande maioria, estão ao lado de Pollastri. A situação de Argolo, que nunca teve bom diálogo com os surfistas, piorou no ano passado com sua falha em levar os brasileiros para os Jogos Mundiais da ISA (Associação Internacional de Surfe), órgão ligado ao Comitê Olímpico Internacional e que controla as vagas para Tóquio-2020. 

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) se ofereceu para planejar a viagem, Argolo insistiu em fazer só e, quando a verba chegou, já era tarde demais, por conta da logística para os Jogos, que foram disputados também no Japão, e davam vagas para o Pan-Americano de Lima-2019.

Tênis Não é fácil entrar no ‘clube dos quatro’ no tênis. O grego Stefanos Tsitsipas e o francês Lucas Pouille chegaram às semifinais do Aberto da Austrália com ar de incríveis, mas quando deram de cara com Novak Djokovic e Rafael Nadal viram que a quadra não é tão grande assim - para eles.

O ‘clube dos quatro’ perderá, ao menos, um de seus membros neste ano, já que Andy Murray já anunciou sua aposentadoria. Roger Federer também pode pendurar as raquetes. Difícil vai ser Djoko e Nadal arrumarem rivais...