Negros ou pardos são a maioria dos desempregados no Brasil

A Bahia registrou a segunda maior taxa de desocupação do país

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  • Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2017 às 19:00

- Atualizado há um ano

Pessoas de pele preta e parda sofrem mais com o desemprego e, quando têm emprego, trabalham em atividades de menor qualificação e em piores condições, como o trabalho doméstico ou de ambulante. Seis em cada dez pessoas desempregadas no terceiro trimestre têm a pele preta ou parda.

Como resultado, o rendimento médio dos trabalhadores pretos e pardos (R$ 1.531) foi quase a metade (55,5%) do registrado para brancos (R$ 2.757), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No terceiro trimestre, 12,961 milhões de pessoas estavam desempregadas, segundo a Pnad Contínua. Dessas, 8,252 milhões têm a pele preta ou parda, 63,7% do total – pessoas de pele preta e parda respondem por 53% da população que está trabalhando.

A taxa de desemprego da população preta ou parda é de 14,6%, acima da média, que ficou em 12,4%. Entre as pessoas de pele branca, a taxa de desemprego ficou em 9,9%.  O estudo mostra que 66,7% dos 1,832 milhão de brasileiros que trabalham como ambulantes são pretos ou pardos – entre empregadas e empregados domésticos, são 6,177 milhões, ou 66%.

A Bahia – com taxa de desocupação de 17,5% – subiu uma posição no ranking do desemprego e registrou a segunda maior taxa de desocupação do país, abaixo apenas de Pernambuco, com 17,9%. Na Bahia, 74 mil pessoas desistiram de buscar empregos.