New York Times destaca o que fazer em Salvador em 36 horas

Reportagens destacam atrações para aproveitar um dia e meio na cidade

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  • Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 15:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Jefferson Peixoto/Agecom

Salvador foi destaque pela segunda vez no mês no The New York Times. Uma reportagem publicada nesta quinta-feira (24) dá dicas do que fazer em 36 horas na capital baiana, destacando as opções de gastronomia, música e outros pontos turísticos interessantes.

A matéria destaca a ligação da cidade com a cultura africana, citando o culto aos orixás, a prática da capoeira e detalhes da culinária, lembrando também a história da cidade, que foi a primeira capital do Brasil.

Entre os locais indicados estão a Feira de São Joaquim, Forte de Santo Antônio Além do Carmo, Museu Afro-Brasileiro, Igreja de São Francisco, Casa do Rio Vermelho e restaurantes, a exemplo do Larriquerrí, Donana e o Mistura, em Itapuã. Para hospedagem, o jornal indica o Fera Palace Hotel, no Centro Histórico, relembrando hóspedes históricos que passaram pelo antigo hotel, como Orson Welles e Pablo Neruda. Clique aqui para ler a reportagem completa (em inglês).

“Salvador se impõe como o principal destino turístico do Brasil, e o The New York Times retrata algumas das nossas boas atrações entre mais de 500 experiências que oferecemos aos nossos visitantes”, diz o secretário Municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco.

Salvador apareceu no jornal americano em publicação do último dia 9, em que foram indicados 52 lugares que valem a visita, em todo mundo, neste ano de 2019. A capital baiana foi o único destino do Brasil na lista.

O CORREIO separou as dicas dadas pelo jornal e traduziu para você:

Pelourinho Seria difícil imaginar uma lista do que fazer em Salvador, feita por um gringo, sem o Pelô. O local, um dos mais tradicionais da cidade, não só aparece entre os listados, como ocupa as primeiras posições do ranking. O jornal descreve o Pelourinho como um bairro bem no coração do Centro Histórico. Encantado com as cores dos casarões e barulho dos tambores que tocam por lá, o jornalista recomenda uma visita ao Museu Afro-Brasileiro e sugere que o passeio seja prolongado com uma passadinha pela Igreja e Convento de São Francisco. Depois, segundo ele, vale tomar um sorvete na sorveteria Le Glacier Laporte.

Museu Afro-brasileiro: Funciona de Segunda a Sexta, das 9h às 17h.

Santo Antônio Além do Carmo Já que você já está ali no Pelourinho, aproveite e passe no Carmo, rapaz! Para chegar lá é só descer a ladeira do Pelô (aquela mesma, onde Michael Jackson gravou o clipe) e subir uma nova ladeira, a do Carmo. Pronto! O jornal brinca com o nome do bairro e diz que é pouco criativo, mas morreu de amores pelo charme do local. Lá, a dica é entrar em qualquer barzinho ou café que ficam do lado esquerdo da rua (para quem está indo em direção ao Coreto). O motivo? Uma bela vista da Baía de Todos os Santos. Seth Krugel diz ainda que um programa imperdível é ir ao Forte da Capoeira, por volta das 19h, quando há uma demonstração dos capoeiristas. "Uma fascinante tradição de artes marciais com origem em rituais africanos”, descreve o jornalista. Chique, não é?

Mouraria Ainda em sua visita ao Centro, o jornalista dá a dica: não deixe de conhecer a lambreta da Mouraria. A iguaria é definida como um “molusco saboroso e suculento”, assim como o caldinho feito com o fruto do mar. Uma outra boa dica é pedir um pastel de siri (o jornalista chama de caranguejo, mas é siri. Confie em quem é baiano). Para fechar com chave de ouro, não deixe de abordar um dos vendedores ambulantes que comercializam bolos de pote. Para não comer "no seco", ele avisa: a roska de umbu é sensacional.

Barris Bem em frente à Biblioteca Central, a mais antiga de toda a América Latina, tem um barzinho aconchegante que faz muito sucesso. É o Bar Velho Espanha - quarta dica que The New York Times. Desde 1920 o barzinho está por ali. Até 2017, ele pertencia a uma família espanhola que, depois de quase cem anos de atividade, estava planejando fechá-lo. Mas, peraê! Fechar o Espanha? Não mesmo. Dois clientes apaixonados pelo local se juntaram e compraram o bar, que foi reformado, mas ainda preserva o aspecto tradicional. No cardápio, bebidas e petiscos com preço justo acompanham as bandas que quase sempre tocam músicas autorais. O ritmo principal é o samba.

Funcionamento: Segunda, Quarta e Quinta, das 15h à 0h | Sexta, de 15h à 1h | Sábado, das 10h à 1h | Domingo das 10h à 0h.

Hora do rango “Sair de Salvador sem comer uma moqueca é tipo ir para Nápoles (Itália) e não comer pizza”. É com essa afirmação que o New York Times basicamente obriga o turista a conhecer o prato típico da terra do dendê. Ele brinca e diz que a moqueca do restaurante Donana, que fica no bairro de Brotas, pode até ter sido vencedor do Prêmio Comer e Beber, da revista VEJA, mas, para o garçom que o serviu, é a penas a segunda melhor. O funcionário é fã da moqueca, mas afirma que a da mãe dele é bem melhor. Quem vai contrariar? 

Funcionamento: Segunda e Terça, das 11h30 às 16h | Quarta, Quinta e Domingo, das 11h30 às 17h | Sexta e Sábado, das 11h30 às 22h.

Casa do Rio Vermelho De Brotas para o Rio Vermelho é rapidinho. Então, é hora de curtir um pouco mais a história e a cultura da cidade. A sexta dica do jornal americano é uma visita à Casa do Rio Vermelho, antiga residência do casal de escritores baianos Jorge Amado e Zélia Gattai, que, hoje, funciona como museu. Por R$ 20 você pode ter acesso às cartas, biblioteca e histórias sobre a dupla. 

Funcionamento: Terça a Domingo, das 10h às 17h.

Restaurante de Família Para quem quer uma experiência mais luxuosa, o New York Times sugere o Larribar, um restaurante que fica no Garcia. O jantar a dois, com uma taça de vinho, chega a custar R$250. Ao lado do Larribar tem o restaurante Larriquerrí, que pertence à mesma família. Ele descreve o bar como “um dos poucos locais da cidade que leva os coquetéis a sério”. Que tal fazer uma moral com o mozão?

Funcionamento: De Quarta a Sábado, das 19h30 às 23h30; Domingo, das 12h às 16h.

Volta para o Rio Vermelho Depois de provar os coquetéis no Garcia, o jornalista americano voltou para o Rio Vermelho, famoso por ser um bairro boêmio. Ele fez uma visita ao Chupito, que fica na Rua da Paciência, bem próximo às quadras de futebol do bairro. Depois de "comer água", ele deu a ideia cheque: passa rem Dinha para comer um acarajé acompanhado de uma cerveja gelada.

Funcionamento: Terça, das 20h às 1h; Quarta, das 20h às 2h; Quinta, Sexta e Sábado, das 20h às 3h30; Domingo, às 19h às 1h.

Fui à feira Nada de Mercado Modelo. A dica de mercadão oferecida pelo New York Times é a Feira de São Joaquim. O jornalista curtiu a quantidade de frutas, carnes, cachaças, ervas e rolos de tabaco oferecidos pelos feirantes. Outro destaque, para ele, é a quantidade de itens religiosos, com destaque para a loja Ilê Alacorô.

Para passar a tarde Já de malas prontas para o aeroporto, aquela despedida básica. O jornal indica que o visitante passe a famosa tarde em Itapuã. As dicas são posar ao lado da estátua do cantor e poeta Vinícius de Moraes e comer uma mariscada no restaurante Mistura. Ele também deixou a dica de ir até Stella Maris e visitar a Barraca do Lôro, para uma última cerveja. 

Mistura: Domingo a Quarta, das 12h às 23hs | Quinta a Sábado, das 12h às 0h Barraca do Lôro: Todos os dias, das  09h às 17h.