'Ninguém sabe quando vai acabar a pandemia', diz Teich na CPI da Covid

Por isso, o ex-ministro defendeu medidas de isolamento, testagem e rastreamento

Publicado em 5 de maio de 2021 às 14:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich avaliou em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira que a situação enfrentada pela pandemia do novo coronavírus hoje é a mesma realidade dos primeiros meses da existência do vírus no País. Teich citou o problema do surgimento de variantes do novo coronavírus e as incertezas que envolvem as vacinas. "Então aquela realidade daquele momento é a mesma realidade de hoje. Quando é que isso vai acabar, que tamanho que vai ser esse problema, a gente ainda não sabe", afirmou Teich.

"Em relação à calamidade, à situação, eu me lembro, eu acho que foi a primeira coletiva, que em perguntaram quando é que ia acabar pandemia, onde é que isso ia chegar, e eu me lembro que eu falei, 'olha, eu não sei, ninguém sabe', porque naquela época tinha muito modelo matemático, muita projeção que era feita, e o que que acontece? A pandemia, ela traz uma situação única, ela tem uma extrema incerteza, um extremo desconhecimento", respondeu Teich.

Por isso, o ex-ministro defendeu medidas de isolamento, testagem e rastreamento. "Nosso sistema foi eficiente? Não, eu sei porque alguns tiveram sucesso, eu tenho base de comparação", comentou.

Bancada feminina Um bate-boca entre a bancada feminina e os governistas na CPI da Covid-19 fez o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), suspender a sessão em que os senadores ouvem o ex-ministro da Saúde Nelson Teich. A reunião foi, depois, retomada. A confusão começou quando a palavra foi passada a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que não é integrante titular da comissão, mas conseguiu espaço para participar do interrogatório a Teich após um acordo fechado ontem na colegiado.

Tentando conter o debate acalorado, o presidente da comissão explicou que, no final da sessão de terça-feira, disse que nesta quarta iriam falar, nesta ordem, o relator, vice-presidente e uma mulher. A situação incomodou os senadores governistas, que elevaram o tom para reclamar desse arranjo. "Aguentando grito de homem. Vossa excelência acha que vai calar a gente", disse Eliziane ao senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI).