No limite, Arthur Zanetti vai à final das argolas no Mundial

Brasileiro cometeu erro mas conseguiu passar à decisão com a oitava e última vaga; Caio Souza também briga por medalha no individual geral; Rebeca Andrade é cortada

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 15:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ricardo Bufolin/CBG/Divulgação

A concentração sempre foi um dos pontos fortes de Arthur Zanetti. Até por isso, foram poucos os erros que cometeu durante suas apresentações desde que começou a ser um dos principais nomes do mundo na argolas. Nesta terça (3), nas eliminatórias do Mundial de Ginástica Artística, em Montreal, no Canadá, o campeão olímpico em Londres-2012 e prata no Rio-2016 errou, mas conseguiu passar à final com a oitava e última vaga. A decisão acontece no sábado (7).

"No geral, a série foi muito ruim mesmo. Não gostei. Estou zero satisfeito", afirmou o ginasta ao globoesporte.com. Ele conseguiu uma nota de 14,700, bem abaixo dos 15,900 que lhe deu o ouro em Londres e dos 15,766 da prata olímpica no ano passado. 

O erro de Zanetti foi bem no final da apreentação. Balançou demais as argolas num movimento de força e deu um passo extra na aterrissagem. Agora, na decisão, a pontuação é zerada e Zanetti tem a achance de batalhar por sua quarta medalha em mundiais no aparelho. O favorito é o atual campeão mundial e olímpico, o grego Eleftherios Petrounias.

Outro brasileiro na decisão é Caio Souza, que ficou com a nota de 81,584 no individual geral e chegou à 14ª posição entre os 24 ginastas. Na quinta (5), ele busca uma medalha. Caio, que foi reserva no Rio-2016, fez boas apresentações nas argolas, no salto e nas barras paralelas. Foi mediano no solo e teve falhas no cavalo com alças e na barra fixa, mas nada que o impedisse de chegar à primeira final em mundiais na carreira.

Já Arthur Nory, bronze no solo no Rio-2016 e que passou por uma cirurgia após os Jogos, não conseguiu chegar à decisão na sua especialidade. Ainda sem poder fazer todos os movimentos, precisava de uma atuação perfeita, o que não aconteceu. Souza fez 14,033 e o cazaque Milad Karimi, 8º colocado e com a última vaga, cravou 14,325. Na barra fixa, Nory ficou mais perto ainda da final. Fez 13,866. A última vaga na decisão ficou com o japonês Hidetaka Miyachi, com 13,966.

Corte Na quarta (4), é a vez das meninas entrarem no tablado do Estádio Olímpico de Montreal. Mas o Brasil perdeu sua principal representante. Após sentir um problema no joelho, Rebeca Andrade, finalista no individual geral no Rio-2016, passou por uma ressonância magnética no Canadá que acusou uma lesão no ligamento cruzado anterior. Ela acabou sendo cortada e já iniciou o tratamento de fisioterapia. Assim, Thais Fidelis será a única brasileira na prova.