Nobel de Física 2019 vai para pesquisas que ajudam a entender o Universo

Premiação vai ser divida entre canadense e suíços

Publicado em 8 de outubro de 2019 às 08:14

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP

Os pesquisadores James Peebles, nascido no Canadá e naturalizado americano, Michel Mayor e Didier Queloz, ambos da Suíça, foram laureados nesta terça-feira (8) com o Prêmio Nobel de Física 2019 por suas contribuições para o entendimento da evolução do Universo e do lugar que a Terra ocupa no Cosmos.

Peebles vai receber metade do prêmio, pelas descobertas teóricas da cosmologia física. Já Mayor e Queloz vão ganhar a outra metade pela descoberta de um exoplaneta orbitando uma estrela solar.

O trabalho teórico de Peeble, desenvolvido ao longo de duas décadas, é a base do nosso entendimento moderno sobre a história do Universo, desde o Big Bang aos dias atuais. Ele avaliou os 14 bilhões de idade do Universo e estabeleceu as teorias sobre sua composição.

Os resultados nos mostraram que apenas 5% do Universo é conhecido - a matéria que constitui estrelas, planetas, árvores e seres humanos. O restante, 95%, é matéria escura desconhecida e energia escura. Este é um mistério e um desafio para a física moderna.

Após passarem um tempo procurando a Via Láctea por mundos desconhecidos, Mayor e Queloz fizeram a primeira descoberta em 1995, do exoplaneta Pegaso 51. A dupla suíça iniciou uma revolução na Astronomia e, desde então, mais de 4 mil exoplanetas foram descobertos na Via Láctea.

"Novos mundos estranhos ainda estão sendo descobertos, com uma incrível riqueza de tamanhos, formas e órbitas", aponta o comitê do Nobel.

Entre 1901 e 2018, o Nobel de Física foi entregue 112 vezes; em 47 ocasiões, apenas um pesquisador foi laureado. Mas somente três mulheres foram agraciadas com o prêmio até hoje: Maria Curie, em 1903; Maria Goeppert-Mayer, em 1963; e Donna Strickland, em 2018.

Veja quem são os vencedores do Nobel de Física 2019:

- James Peebles, de 84 anos, nasceu no Canadá e é naturalizado americano. Físico, foi professor da Universidade Princeton, justamente na cadeira que tinha sido de Albert Einstein.

- Michel Mayor, de 77 anos, nasceu na Suíça. É astrônomo e professor da Universidade de Genebra.

- Didier Queloz, de 53 anos, é também suíço e astrônomo. É professor da Universidade de Genebra e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.