Nos pênaltis, América Mineiro passa pelo Internacional

Coelho foi mais eficiente nas cobranças e avançou para semifinal

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 00:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ricardo Duarte/ Internacional

Abel Braga precisou de apenas três jogos para amargar sua primeira grande frustração no retorno ao Internacional. Em mais uma noite de futebol ruim do time, até conseguiu devolver o 1x0 ao América-MG, no último lance. Nos pênaltis, porém, viu Thiago Galhardo e Uendel errarem e os mineiros festejaram a vaga nas semifinais da Copa do Brasil com vitória por 6x5, no Independência.

O América-MG segue fazendo história na competição. Depois de eliminar o Corinthians nas oitavas de final, agora derruba o Inter nas quartas e chega à inédita semifinal. Tentará repetir a façanha diante do Palmeiras.

Foi um jogo muito fraco do Inter. Assim como no Beira-Rio, pouco chegou ao gol dos mineiros e acabou eliminado nos pênaltis. O gol de Yuri Alberto no minuto final serviu apenas para adiar o sofrimento do torcedor colorado.

Após duas derrotas seguidas, Abel resolveu mexer na escalação. Moisés voltou à lateral esquerda e o esquema tinha apenas um armador. No Independência, D'Alessandro. Com Edenilson na frente de dois volantes de marcação.

Mesmo necessitando do triunfo, o técnico deu mostras que sua equipe será mais protegida. Diferentemente do esquema do antecessor Eduardo Coudet, adepto a um futebol de mais intensidade, com um marcador e mais gente atacando.

A esperança para frear a empolgação do América-MG era que brilhasse a estrela de Galhardo. O artilheiro voltou ao País em voo fretado após ficar na reserva da seleção brasileira no Uruguai, em jogo válido pelas Eliminatórias.

Nos últimos 12, o América perdeu uma única vez. Na qual jogou com reservas. Por causa do bom momento, muitos torcedores se aglomeraram e fizeram um corredor verde para recepcionar o time do lado de fora do Independência. Em tempo de pandemia, com aumento dos casos de covid-19 pelo País, uma demonstração de amor fora de hora e com respaldo do clube, que comemorou a atitude nas redes sociais.

No campo, porém, o que se viu nos minutos iniciais foi um Inter valorizando a bola e rondando área rival. Mas diante de uma muralha defensiva, sem conseguir criar chances de perigo.

Galhardo e Leandro Fernández, na frente, viam a bola quase toda hora chegar. Quase porque sempre aparecia um pé salvador ou uma cabeça para afastar o perigo. O goleiro também se antecipou ao artilheiro antes da finalização. Apenas Moisés conseguiu concluir à meta de Matheus Cavichioli na etapa inicial.

Rodolfo, autor do gol da vitória em Porto Alegre, quase repetiu a dose no Independência. O chute passou beliscando o travessão. Foi o que o América apresentou numa etapa toda defensiva dos mineiros.

O Inter voltou sem mudanças para a etapa final e mostrando um futebol burocrático. Nem parecia necessitar da vitória. Foram 15 minutos desperdiçados. Até Abel resolver mexer. Fernández deu lugar a Yuri Alberto.

Mesmo sendo ídolo dos gaúchos, D'Alessandro não conseguiu armar o time. Sozinho, nem nas jogadas de bola parada conseguia dar trabalho. O Inter sentia demais os desfalques de Patrick, com covid-19 e de Boschilia, machucado. Abel arriscou nos minutos finais abrindo mão de um volante e tirando o veterano argentino

Colocou todo o time no ataque e nada de chance de gol. O América-MG já ensaiava a comemoração histórica quando Yuri Alberto, uma das opções de Abel na etapa final, recebeu de Galhardo e marcou, aos 49 minutos. Mesmo sem jogar bem, o Inter devolveu o 1x0 e levou a decisão aos pênaltis.

Léo Passos fez 1x0. Galhardo abriu a decisão para o Inter chutando para fora. Bateu fraquinho. Messias soltou a bomba e fez 2x 0. Lindoso diminuiu e pediu calma a Marcelo Lomba. Daniel Borges falhou. Edenilson tinha nos pés a chance do empate E não decepcionou: 2x2.

Sabino ajeitou e, com paradinha, recolocou o América-MG na frente. Yuri Alberto não decepcionou. Nova igualdade. Marcelo Toscano fechou a série dos mineiros deslocando Lomba e jogando a pressão em Rodinei. O lateral não se intimidou: 4x4.

João Paulo e Praxedes não decepcionaram. O experiente Juninho bateu estranho, mas tirou de Lomba. Uendel chutou para o alto e o Inter amargou a eliminação. No fim, os gaúchos ainda quiseram briga em cena lamentável e desnecessária de quem não aceitou a queda em mais uma noite histórica para o América na Copa do Brasil.