Nova fase da Lava Jato tem como alvo operadores do mercado financeiro

O ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves (março de 2011 a maio de 2012) foi preso em Boa Vista, Roraima

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  • Da Redação

Publicado em 28 de março de 2017 às 11:01

- Atualizado há um ano

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a 39ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Paralelo, no intuito de cumprir seis ordens judiciais expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.(Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil)Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva na cidade do Rio de Janeiro. A investigação, de acordo com a PF, apura a atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de investigados na Lava Jato.

Segundo informações da Agência Estado, o ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves (março de 2011 a maio de 2012) foi preso em Boa Vista, Roraima. Roberto Gonçalves sucedeu Pedro Barusco, um dos delatores da Lava Jato, na gerência da estatal.

“A atuação teria se dado no âmbito de uma corretora de valores que é suspeita de ter realizado a movimentação de recursos de origem ilícita para viabilizar pagamentos indevidos de funcionários e executivos da Petrobras”, informou a PF, por meio de nota.

Ainda segundo o comunicado da PF, a investigação apura a responsabilidade criminal de um ex-executivo da diretoria de Engenharia e Serviços da Petrobras, apontado como beneficiário de diversos pagamentos em contas clandestinas no exterior, feitos por empreiteiras.

De acordo com a PF, o nome da operação – paralelo – é uma simples alusão a atuação clandestina à margem ou paralela aos órgãos de controles oficiais do mercado financeiro por parte dos investigados.