Novo livro de Mário Magalhães analisa o turbilhão que foi 2018

Escritor lança nesta quinta (13) o livro Sobre Lutas e Lágrimas - Uma Biografia de 2018

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Publicado em 13 de junho de 2019 às 10:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Daniel Ramalho

Morte de Marielle Franco; eleições muito polarizadas; facada em Bolsonaro; prisão de Lula; um novo clã eleito; incêndio do Museu Nacional no Rio... é surpreendente, mas tudo isso aconteceu em apenas um ano.

À primeira vista, talvez ainda seja cedo para avaliar o peso que o ano de 2018 terá para o futuro do Brasil, afinal se passaram apenas seis meses desde seu fim. Mas o jornalista carioca Mário Magalhães, 55 anos, já sentencia: “2018 vai influenciar a vida do brasileiro para o bem e para o mal por muito e muito tempo”.

Mário acredita tanto nisso que escreveu o livro Sobre Lutas e Lágrimas - Uma Biografia de 2018 (Record/R$ 45/330 págs.), em que analisa os acontecimentos mais relevantes do ano. Em Salvador, o lançamento acontece hoje, às 19h, na Livraria Cultura do Salvador Shopping.

O jornalista é autor da biografia Marighella - O Guerrilheiro que Incendiou o Brasil. Ele também trabalhou nos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, além de ter sido colunista do The Intercept Brasil.“2018 vai influenciar a vida do brasileiro para o bem e para o mal por muito e muito tempo” (Mário Magalhães)Sobre Lutas e Lágrimas tem 43 textos - além do prólogo -, sendo que cada um é dedicado a um tema. Alguns já haviam sido publicados, mas a maioria é inédito. 

Apesar de 2018 ter sido um período um tanto melancólico, Mário diz que buscou dar um tom mais leve a seu texto. “Eu não quis escrever um livro depressivo, mas queria algo sobre a luta daqueles que defenderam a civilização contra a barbárie. Acho o livro muito comovente, não pela minha prosa, mas pelo que significam os fatos que estão ali”, diz o autor.

O escritor acrescenta que se preocupou até em dar um tom de humor em alguns momentos, como no capítulo dedicado à Ursal, teoria conspiratória segundo a qual os países da América Latina se uniriam para formar um imenso país socialista. “A Ursal é um delírio cômico, uma tragicomédia”, diverte-se Mário.

Mas a barbárie também está retratada no livro, observa Mário: “No fim de novembro, num campus universitário do Rio, militantes integralistas destruíram uma bandeira antifascista”. “O Brasil é um país de história de extrema violência, ao contrário do que mostram os livros”, acrescenta.

Serviço

Livraria Cultura (Salvador Shopping). Hoje, 19h