O Bahia larga na frente do Vitória

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Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Fernando Miguel, Lucas, Wallace, Ramon e Juninho; Uillian Correia, José Welison e Yago; Neilton, Tréllez e Kieza. O Vitória tem um time titular arrumado para começar 2018. Ainda não tem, no entanto, elenco suficiente para ser considerada uma equipe encorpada e competitiva para os desafios do ano: Baiano e Copa do Nordeste, nos quais a meta é sempre título; Copa do Brasil, em que o que vier é lucro; e Brasileiro, cuja obrigação é não passar o terceiro ano seguido apenas brigando para não cair.

Douglas, Nino Paraíba ou João Pedro, Tiago, Lucas Fonseca e Léo Pelé; Nilton, Edson, Zé Rafael, Régis* e Élber; Edigar Junio. O asterisco em Régis é porque há uma pendência, aparentemente apenas protocolar, envolvendo São Paulo e Sport para que o meia se apresente ao tricolor.

No comparativo com o Vitória, o Bahia inicia a temporada um passo à frente, pelo menos no papel, porque manteve uma base que terminou 2017 aprovada por torcida e crítica, com um setor de meio-campo que encontrou o melhor jeito de jogar desde 2017, e porque as peças que saíram foram rapidamente repostas à altura.

Vejamos: Douglas, que fez um bom Campeonato Brasileiro pelo rebaixado Avaí no lugar de Jean; evolução na saída do contestado Eduardo para a entrada de Nino Paraíba ou João Pedro; lacuna de Juninho Capixaba preenchida com outro jovem considerado promissor, Léo Pelé;  perda significativa com a saída de Renê Júnior e a entrada de Nilton ou Elton; mudança “elas por elas” sem a velocidade de Mendoza, mas com a habilidade de Élber; além da volta de Régis ao posto que foi dele antes de Allione tomar a vaga no ano passado. Tudo isso, obviamente, é apenas no papel e falta provar com a bola rolando. Mas o Bahia conseguiu repor com precisão as principais posições em que perdeu jogadores (goleiro, lateral-esquerdo e volante) e a que não foi aprovada em 2017 (lateral-direito).

A comparação com o rival é mero detalhe do colunista para englobar tricolores e rubro-negros. É necessário deixar claro, no entanto, que a avaliação das virtudes e defeitos de um não é baseada no outro. O parâmetro da dupla Ba-Vi tem que ser nacional, e não local.

No Vitória, um fato chama atenção. Durante o processo eleitoral, o CORREIO entrevistou todos os candidatos à presidência e, questionados sobre como melhorar a situação financeira do clube, Manoel Matos foi preciso ao admitir que venderia o atacante David. Não ganhou o pleito, mas a venda do atleta foi exatamente a solução encontrada pelo presidente eleito, Ricardo David, assustado com a realidade que encontrou.

E é justamente a partir do David atacante que o David presidente, junto com sua diretoria, pode fazer a diferença. Com os R$ 10 milhões que serão pagos pelo Cruzeiro nos próximos dias, dinheiro não será problema para a diretoria montar o elenco rubro-negro. Assim como não foi no ano passado. Só que dinheiro não garante sucesso. É preciso ter também competência. O que o novo presidente precisa é gastar melhor do que seu antecessor – até não tem tanto mais para desperdiçar. Se fizer isso, 2018 pode ser um feliz ano novo para a torcida rubro-negra. 

Base rende milhões David: R$ 10 milhões. Jean: R$ 9 milhões mais Régis e outro jogador do São Paulo a definir. Juninho Capixaba: R$ 6 milhões mais Douglas. Bastou um ano com sequência no time titular na Série A para a garotada mostrar que a base pode ser uma maneira da dupla Ba-Vi encurtar a diferença para os times mais endinheirados.

Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras.