O baiano Fabrício Boliveira vai viver Roberval em Segundo Sol

Personagem do ator, Roberval, é filho de uma empregada doméstica que tem um romance com o patrão

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  • Roberto Midlej

Publicado em 13 de maio de 2018 às 06:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: (João Cotta/Globo)

O baiano Fabrício Boliveira vai interpretar Roberval, filho de Zefa, a empregada doméstica da família Athayde. Roberval cresceu acreditando que seu pai o havia abandonado, mas quando Claudine (Cássia Kis), a matriarca dos Athayde, está no leito de morte, ela lhe revela que seu pai é Severo (Odilon Wagner), o patrão de Zefa. Em conversa com o CORREIO, Fabrício falou sobre seu personagem e sobre a participação de atores negros em Segundo Sol, assunto muito discutido nas redes sociais.

Como é a relação de Roberval e de Zefa com os Athayde?

Muitas vezes, a relação trabalhista com a empregada doméstica é servil, quase escravocrata e a novela trata disso. Mostra como lidamos com aqueles que trabalham dentro de nossas casas e mostra essa família de estrutura colonial.

Nas redes sociais, reivindicou-se a presença de mais negros no elenco. O que acha disso?

Acho importante ter diálogos inteligentes, que o público proponha de forma inteligente e essa discussão é mais importante que discutir quem matou quem na novela. Essa discussão é importante porque fala sobre representação. 

A Bahia costuma ser retratada de forma folclórica na mídia. Há esse risco em Segundo Sol?

Acho que lugares com cultura forte como Salvador tendem a ser representados de forma estereotipada. Mas, como eu sou da Bahia, não vou cair nessa, né (risos)? Mas, os atores estão se conectando com Salvador para fazer um trabalho digno.  Claudia Di Moura, também baiana, é Zefa, mãe do personagem de Fabrício (foto: João Cotta/Globo)