O clássico e a leitura dos técnicos

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Quando o baiano achava que teria um final de semana de descanso pós-Carnaval, eis que teremos o primeiro Ba-Vi do ano neste domingo, no Barradão. Em 2017, foi uma overdose de clássicos, com sete, e neste ano o número pode até ser maior (dois garantidos pela Série A e possibilidade de mais seis entre Baiano, Copa do Nordeste e até Copa do Brasil).  O clássico é um divisor de águas, quase sempre. Mesmo neste, de fase classificatória do estadual, notadamente, o de menor importância no ano. No entanto, se há tradição e animosidades até num clássico ‘amistoso’, valendo três pontos, então, ninguém vai tirar o pé. O resultado - e o desempenho, espero - de um Ba-Vi muda conceitos, sistemas e percepções de treinadores e torcedores. É o céu ou inferno. Ou os dois. Até porque o mais gostoso de uma partida como essa é a imprevisibilidade. Não tem essa de estar melhor ou pior no momento. E não é preciso ir longe para provar isso. Em 2017, na ida da decisão do estadual, o Bahia fez um primeiro tempo primoroso e uma boa segunda etapa e o Ba-Vi terminou  1x1. Já no 1º turno da Série A, o Leão amassou o tricolor no Barradão. No fim, 0x0.  Todo jogo grande é decidido em detalhes, pelo bem e pelo mal. Na última quarta, em Real Madrid x PSG, vimos o quanto leituras boas e ruins por parte dos treinadores podem decidir um jogo. É aí que entram Vagner Mancini e Guto Ferreira. O início de uma temporada ainda não dá a completa noção aos técnicos do conhecimento de seus novos atletas. Nem Vitória e nem Bahia tiveram jogos de grande apelo no ano.  Sabemos: existem atletas que não rendem bem nesse tipo de desafio. Outros parecem ter sido feitos para liderar suas equipes nos momentos cruciais. Assim, suponho que Mancini e Ferreira depositem as principais responsabilidades do Ba-Vi naqueles que já possuem experiência de decisão e os quais os treinadores conhecem mais profundamente. Kanu, Neilton, André Lima e Rhayner, pelo rubro-negro. Edigar Junio, Zé Rafael, Allione e Régis, pelo tricolor. Alguns deles já com história dentro do Ba-Vi e nem todos titulares de suas equipes. Desta forma, é preciso saber ler o Ba-Vi. Usar essas peças da maneira correta, de acordo com o que a partida ‘pede’, poderá decidir o clássico. E se as utilizar de maneira incorreta também.

Morte Sou daqueles que não crê em acidentes ou fatalidades. Tudo tem uma explicação e um sinal que pode ser de imperícia, negligência e/ou descaso. Assim, a morte do meia Danilinho, da Juazeirense, não pode ser tratada como mero acaso. Há uma explicação, algo que não foi notado pelo clube do interior e, talvez, pelos outros clubes que o atleta passou recentemente. Além disso, é triste e sintomático a estrutura de saúde que os clubes pequenos do estado - e do Brasil - (não) possuem. Com cofres combalidos, a atenção a um aspecto fundamental numa prática esportiva de alto rendimento é relegada a segundo plano. Aconteceu na Juazeirense, como já aconteceram situações semelhantes em outros clubes de porte parecido - talvez não com a mesma gravidade - e vai acontecer de novo. E é preciso um apoio das federações nesse sentido também.

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras