O Cravo e a Rosa inaugura novo horário de novelas da Globo

Sucesso de público, novela com Eduardo Moscovis e Adriana Esteves volta na ptóxima segunda (6), após o Jornal Hoje

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  • Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2021 às 15:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação

Que a novela é uma paixão nacional, ninguém duvida. No ano em que o Brasil celebra os 70 anos na telenovela, a TV Globo estreia um novo horário destinado ao gênero. A partir desta segunda (6), uma obra de grande sucesso que divertiu milhões de espectadores volta a ser exibida nas tardes da emissora: O Cravo e a Rosa. A novela de Walcyr Carrasco, com direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra, vai  ao ar de segunda a sexta-feira, após o Jornal Hoje. O Vale a Pena Ver de Novo entra só depois da Sessão da Tarde.

Comédia romântica inspirada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, e com referências da novela O Machão, de Ivani Ribeiro, O Cravo e a Rosa é ambientada na São Paulo dos anos 1920 e narra o tumultuado romance entre o rude caipira Julião Petruchio (Eduardo Moscovis) e a geniosa Catarina Batista (Adriana Esteves), mulher rica e moderna, com ideais feministas.

Filha do banqueiro Nicanor Batista (Luís Melo), ela é conhecida como ‘‘fera’’ por botar todos os seus pretendentes para correr. Catarina esbarra na teimosia cínica de Petruchio que, inicialmente, decide conquistá-la para salvar sua fazenda de ser leiloada com o dote do casamento. Em meio às contradições, eles acabam se apaixonando, mas não dão o braço a torcer e vivem às turras, protagonizando cenas muito divertidas, com discussões e brigas vulcânicas.    Além da história central, a novela conquistou o público com as tramas paralelas e diversos personagens caristmáticos, repletos de humanidade. O triângulo amoroso entre a irmã de Catarina, Bianca (Leandra Leal), o professor Edmundo (Ângelo Antônio) e o interesseiro Heitor (Rodrigo Faro), inspirado na peça Cyrano de Bergerac, escrita em 1897 pelo francês Edmond Rostand, também movimenta os capítulos.

A relação do submisso Cornélio (Ney Latorraca) com a dissimulada e ambiciosa Dinorá (Maria Padilha) garantem momentos impagáveis. Ele morre de medo da esposa e, como um cordeirinho, faz tudo o que ela quer, inclusive cuidar da gata da sogra, Josefa (Eva Todor), mesmo tendo alergia a gatos. O bom-humor da trama é destacado especialmente no núcleo da fazenda de Petruchio, que mostra a vida na roça do interior de São Paulo. Este núcleo é formado por Pedro Paulo Rangel, Ana Lúcia Torre, Vanessa Gerbelli, Taumaturgo Ferreira, Drica Moraes e Carlos Vereza).   A obra retrata os costumes da sociedade paulistana, palavras e expressões comuns no período, utilizando referências em contos adultos de Monteiro Lobato e nos escritos de Oswald de Andrade e Manuel Bandeira. A efervescência sociocultural teve grande influência no comportamento das pessoas nessa época e, portanto, a novela aborda a transformação da literatura e das artes plásticas, além da luta pelo voto feminino e da mudança no papel da mulher.    Para Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, O Cravo e a Rosa está entre os trabalhos da carreira que eles mais se orgulham. "Tive uma grande surpresa ao saber que O Cravo e a Rosa iria ao ar novamente. Foi um trabalho especialmente importante para mim e uma das novelas mais lindas de que já participei", conta Adriana. "A novela é muito bem escrita, baseada num grande clássico, bem dirigida e com um elenco primoroso. Adorei saber que iria voltar', diz Eduardo.

Os atores, cuja sintonia em cena era evidente e contribuiu para o sucesso da novela e dos personagens, contam que também se divertiam muito durante as gravações e enaltecem a parceria. "Eu amava as cenas em que a Catarina perdia o controle e quebrava tudo (risos). Minha parceria com Eduardo foi um dos grandes encontros da minha história profissional. Acredito que da dele também. Essa novela nos uniu pra toda vida", revela Adriana. "Adriana é uma parceirona. Uma baita atriz, com um senso de humor e ironia deliciosos. Lembro muito das nossas cenas de briga, quando jogávamos coisas um no outro. Nos divertíamos muito", devolve Eduardo.