O que esperar do segundo Ba-Vi do ano?

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Publicado em 7 de março de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Domingo (10) acontece o segundo Ba-Vi do ano, um mês após o primeiro, que terminou empatado por 1x1 no dia 3 de fevereiro. Em cinco semanas, o que mudou?

Por um lado, muita coisa. Dobrou o tempo de preparação de cada time, já que o primeiro clássico ocorreu só um mês depois do início da pré-temporada. Esse tempo serviu para os jogadores e treinadores se conhecerem mais e entenderem melhor a cabeça um do outro. Serviu também para os elencos estarem mais prontos, ou quase isso, já que a fase intensa das contratações que dão cara aos times ficou para trás. Alguns jogadores ainda serão contratados – o Vitória tem Fabrício e Felipe Garcia à espera de regularização, além de Escudero em teste -, mas a espinha dorsal das equipes não mudará, pelo menos até começar o Campeonato Brasileiro.

Por outro lado, pouca coisa. O Vitória ainda busca a arrumação ideal, não só em relação aos 11 iniciais, como também a filosofia de jogo. No primeiro Ba-Vi do ano, Neto Baiano não tinha sido contratado. Chegou dois dias depois, foi entrando aos poucos e, no último jogo, o técnico Marcelo Chamusca escalou ele e Léo Ceará juntos na derrota por 2x1 para o Atlético de Alagoinhas. 

Jogar com dois centroavantes não é comum, talvez não fosse o desejado, mas Chamusca lançou mão da dupla porque não tinha Ruy, que está machucado e também não jogará o Ba-Vi. A isso se somou o mau momento vivido pelos pontas rubro-negros, que não estavam produzindo o que se espera deles: jogadas de drible, passes para o centroavante, finalização e recomposição defensiva. Na disputa entre Yago, Andrigo e Erick, sempre ficava faltando uma das características. E na carência de opções, Chamusca testou a novidade.

Para resolver outro problema, que é a deficiência crônica de armação, o treinador trocou os volantes. Saíram Wesley e depois Leandro Vilela, que começaram o ano como titulares, entraram Rodrigo Andrade e Léo Gomes. Uma tentativa válida, pois Léo Gomes tem mais capacidade de construir jogadas. O problema é que os dois estão suspensos para o clássico - além de Ruy machucado. Ou seja, o Leão terá um meio-campo totalmente diferente do considerado ideal pelo treinador e talvez precise recorrer à antiga dupla de volantes. Curioso que Wesley foi substituído no intervalo do primeiro Ba-Vi e nunca mais recuperou a posição. Talvez tenha, no mesmo clássico, a chance de redenção.

O Bahia também mudou pouco, principalmente porque mantém o estilo de jogo desenhado desde o ano passado, pelo mesmo treinador. Em relação à escalação, Douglas Augusto foi reserva de Flávio no primeiro Ba-Vi, o que deve se inverter, mas não altera a configuração; Ramires está de volta da seleção sub-20 (antes era Guilherme) e Rogério perdeu a posição no ataque. 

Jogando na Fonte Nova e com torcida única mais uma vez, o tricolor provavelmente vai tentar tomar as rédeas do clássico. Assim como no primeiro encontro dos rivais em 2019, o Bahia segue com mais talento individual e mais encorpado coletivamente. Mas aquele 1x1 ensinou que só isso não basta para ganhar. Assim como o time de Enderson Moreira tem um jeito definido de jogar, tem também dificuldade de aproveitar as oportunidades criadas.

*Herbem Gramacho é editor do Esporte e escreve às quintas-feiras