O rapper carioca Filipe Ret faz sucesso com agressividade e doçura

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  • Hagamenon Brito

Publicado em 1 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Dos tempos do primeiro álbum, Vivaz (2012), quando fazia apresentações em praças públicas do Rio e vendia o seu CD independente, ao novo, terceiro e bom Audaz - uma parceria entre o selo Tudubom Records e a gravadora Som Livre -, o rapper Filipe Ret, 33 anos, tem vivido, aprendido e crescido muito bem. O rapper Filipe Ret, 33 anos, conclui trilogia de álbuns com o bom Audaz, que tem participação especial de Marcelo D2 (Foto/Divuçgação) Os milhões de admiradores que o seguem nas redes sociais retratam o prestígio do MC nascido e criado no bairro do Catete, mas não dizem tudo sobre o amadurecimento pessoal e artístico do marido de Anna Estrella e pai de Theo, 1  ano, afetos fundamentais em seu atual processo de transformação.

“Vivaz (2012), Revel (2015) e Audaz formam uma trilogia, uma sequência que conversa entre si. Do início bem amador até chegar na Som Livre, passando pela  autodestruição na estrada que foi a época de Revel. Foi uma fase de deslumbramento, mas necessária para me tornar o que sou hoje”, afirma Ret, por telefone.

“A paternidade foi a experiência mais transformadora da minha vida. Sinto que meu coração evoluiu e minha música está mais consciente entre o lado pessoal e a realidade coletiva, entre a agressividade e a doçura ao mesmo tempo”, explica o rapper, que homenageia a mulher na romântica Louco Pra Voltar.  Influenciada pelo funk melody e o R&B, a música/clipe tem mais de 12 milhões de views no YouTube. Com colaborações especiais de MC Deise (na ótima e cinematográfica Aquele Menino), Marcelo D2 (Maconha), Flora Matos (Paradoxo Mítico) e os beatmakers Mãolee e Dallas, entre outros, Audaz é um potente álbum de rap, com influência do funk melody (muito presente na formação musical de Filipe Ret), ragga e que também flerta com o trap de hoje.

Na melhor tradição egocêntrica que o rap herdou de mestres americanos do funk e da soul music como James Brown (1933-2006) e Barry White (1944-2003), as letras de Ret reforçam a autoestima a partir do “eu”.  

“Esse discurso do ‘eu’ no rap é muito empoderador. Na festa do Prêmio Multishow (dia 25), por exemplo, foi muito bom ser cumprimentado por outros artistas, mas especialmente pelos garçons, que vinham dizer o quanto minha música foi importante para eles. Quando digo ‘eu’ num rap, eles entendem do ponto de vista narrativo deles, então é algo que dá autoestima”.

Força na favela - Em Santo Forte, Filipe Ret critica a caótica realidade do Rio: “A caneta de um safado do governo mata mais que um fuzil/ Podem filmar, televisionar, mas isso não muda nada no Rio/ Parem, parem, parem, parem de ser hipócritas/ O verdadeiro inimigo usa terno e gravata e sempre mentiu/ Nós somos o que somos/ O fumo desestressa sem pressa, sem plano, sem dono/Tamo pronto pra essa guerra”.

O rapper, que faz muitas apresentações nas favelas cariocas, conta que Audaz também traduz a sua visão sobre o Rio de Janeiro. “Gosto de saber que meu rap representa o povo, o maconheiro, a puta, o travesti, o traficante, o estudante, o garçom, todo tipo de gente”.

Veja os videoclipes de Santo Forte e Louco Pra Voltar

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Baco lança single Lovesong e prepara novo álbum: Bluesman  Vencedor do Prêmio Multishow 2018 como artista revelação e canção do ano (Te Amo Disgraça), na categoria Superjúri, o rapper baiano Baco Exu do Blues, 22 anos, lançou, sexta-feira (28), mais um single: Lovesong, parceria com Shan Luongo. É o sexto  single de Baco este ano, num processo de transição para o novo e aguardado álbum Bluesman, previsto para  novembro. Esú,  o primeiro disco de Baco, entrou nas principais listas de melhores de 2017.

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Baiano radicado em SP, Murilo Sá chega bem ao 3º álbum: Fossanova  O cantor e compositor baiano Murilo Sá lança seu terceiro e bom álbum, Fossanova, disponível em todas as plataformas digitais. Explorando influências do rock e do pop psicodélico dos anos 70, ele cria boas melodias para letras sobre dores amorosas e conflitos humanos. Entre as dez canções nas quais ele tocou todos os instrumentos, destaques para Tempos Esquisitos, A Vida no Fundo do Mar e Canção do Fim. Tatá Aeroplano participa de A Arte de Caminhar.

Ouça o álbum completo