O tempo certo para Gabriel Medina focar no título

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 21 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A melhor notícia para Gabriel Medina após ser derrotado na semifinal da etapa de Peniche, em Portugal, no sábado (20), é que o próximo e último evento do calendário do Championship Tour em Pipeline só vai começar daqui a um mês e meio.  Assim, o paulista de Maresias vai ter tempo suficiente para digerir a dura derrota nas semifinais para Ítalo Ferreira, que viria a ser campeão, e entrar de mente livre nas águas do Havaí. O roteiro estava impecável: Filipe Toledo eliminado cedo, Julian Wilson parando nas quartas e Medina só dependi dele. Liderava a bateria, até que Ítalo tirou um 9,30 e o eliminou da final, em que enfrentaria ou Joan Duru ou Owen Wright. O francês fez uma etapa quase perfeita, eliminou tanto Filipinho quanto Wilson, deixaria Wright também para trás, só sendo parado por Ítalo. Em 2018, Medina melhorou em termos de consistência nos resultados. Ainda que não tenha vencido até a 7ª etapa, teve boa performance em todos os eventos, salvo a abertura da temporada, quando terminou em 13º.  Com um resultado um pouquinho melhor, estaria em situação bem mais confortável para Pipeline, onde precisará chegar à final para não correr riscos. Wilson e Filipinho são adversários de alto nível e ambos capazes de vencer no Havaí. O australiano, inclusive, já o fez, derrotando o próprio Medina na final de 2014, ainda que o brasileiro tivesse chegado lá logo após conquistar o caneco da temporada minutos antes, na semifinal.   Mas se a questão é oscilação, ninguém bate Ítalo em 2018. O potiguar é o surfista que mais venceu etapas na temporada (três), mas não tem chances de título por não ter feito, por exemplo, nenhuma outra semifinal além das que ganhou. Tem apenas mais uma quartas e cinco eliminações no 3º round. Ítalo tem talento e agressividade de sobra, falta ter a consistência necessária para ser campeão do mundo. 

Boxe A Bahia segue sendo um celeiro no boxe. Agora foi a vez de Keno Machado, de apenas 18 anos, mostrar por que é considerado o futuro do esporte no país. Já membro da seleção adulta, ele conquistou a primeira medalha de ouro da história do boxe em Jogos Olímpicos da Juventude. Ainda que os JOJ nem sempre sejam uma indicação de certeza de sucesso adulto para os atletas que performam bem na competição, o nível é cada vez mais alto, com poucos países não mandando o que têm de melhor nas suas categorias de base. O feito de Keno repete, em nível jovem, o que fez Robson Conceição na Olimpíada do Rio-2016, quando também levou o Brasil ao topo do pódio pela primeira vez na história. Keno, natural de Sapeaçu, tem muito tempo ainda no boxe amador, mas já é uma realidade do esporte brasileiro.

Futebol As cenas vistas na primeira partida da decisão do Brasileiro Sub-20 são daquelas que a gente não imagina que poderiam ser vistas mais em duelos de equipes tão tradicionais como Vitória e Palmeiras. Briga dentro de campo, dirigentes invadindo... mas deplorável mesmo é sermos obrigados a ver torcedores invadindo campo para brigar com atletas. Uma selvageria que não pode ser tolerada por um clube do tamanho do Vitória. 

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve aos domingos