O último tabu a se quebrar

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Ivan Dias Marques
  • Ivan Dias Marques

Publicado em 4 de maio de 2018 às 08:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

São três tipos de ocorrências principais no submundo do esporte: doping, corrupção e assédio.

O cerco em relação ao doping tem sido fechado desde o início do escândalo da Rússia, no final de 2015. A partir daí, os laboratórios ligados à Agência Mundial Antidoping (Wada) têm realizado exames, inclusive, dos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012, buscando evidências do uso de substâncias proibidas que, na época, não conseguiam ser detectadas.

O combate à corrupção, em todos os seus aspectos (fraude de licitações, superfaturamento, uso indevido de verba pública, etc.), tem crescido no Brasil desde o derramamento de dinheiro no Rio-2016, entre outros problemas. 

O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil Carlos Arthur Nuzman foi preso e outros presidentes de federação perderam seus cargos. Órgãos de fiscalização e Justiça estão, enfim, em cima das entidades esportivas.

Faltava tratar de assédio. O silêncio em torno do assunto parecia denotar que os casos eram pontuais, entre assédio sexual e/ou moral. Com a revelação do abuso de 42 jovens pelo técnico de ginástica artística do Mesc, Fernando de Carvalho Lopes, o tabu começa a ser quebrado.

A porta foi aberta nos EUA, com a denúncia sobre Larry Nassar, médico da seleção de ginástica de lá, condenado por abusar de 265 ginastas. Na Argentina, mês passado, o esquema de aliciamento de jovens da base do Independiente, clube de futebol do país, chocou a opinião pública.

As medidas para coibir o abuso e o assédio sexual e moral precisam ser tomadas. Telefones para denúncias, trabalhos de psicólogos e assistentes sociais e, principalmente, não duvidar dos atletas.

Se não fossem tratados como ‘fofoca’, os abusos relacionados a Lopes já teriam vindo a público muito antes. Imaginem só quantas crianças sofreram pela falta de seriedade ao encarar uma denúncia desse tamanho.

O esporte perde com o assédio. Mas enfrentá-lo e coibí-lo só vai fazer o esporte crescer.

Fórmula 1 Não bastasse ser um dos locais mais bonitos em que acontece um GP de Fórmula 1, Baku, capital do Azerbaijão, ainda promove grande emoções em suas corridas. Depois da prova louca de 2017, com direito a “briga de trânsito” entre Sebastian Vettel e Lewis Hamilton, a corrida do domingo passado só foi decidida nas voltas finais.

Não bastasse a confusão entre os dois pilotos da RBR, Max Verstappen e Daniel Ricciardo, que causou a entrada do safety car na pista, Vettel ainda fez outra maluquice ao tentar atrasar a freada e passar o líder Valtteri Bottas. Perdeu o 2º lugar na corrida e a liderança do campeonato.

No fim, a sorte, que não sorriu para Hamilton nas três primeiras corridas, resolveu dar o ar da graça. Bottas ‘achou’ um pedaço de carro, teve o pneu furado e deixou o triunfo de lambuja para a britânico. Não basta ser bom, tem que ter sorte também.

Basquete Emoção também não tem faltado nos playoffs da NBA. O jogo 7 entre Cleveland Cavaliers e Indiana Pacers foi espetacular. Na última quarta, o Utah Jazz - o grande assassino silencioso da liga - aprontou mais uma e bateu o Houston Rockets fora de casa. Já não parece tão inesperado eliminar o time de James Harden dos playoffs...

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras.