Obra de arte avaliada em R$ 20 mil é roubada do MAM

Peça do acervo é uma escultura do artista Maurício Ruiz

  • D
  • Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2018 às 12:16

- Atualizado há um ano

Uma obra de arte avaliada em R$ 20 mil foi roubada do Museu de Arte Moderna (MAM), em Salvador. Funcionários do museu notaram a ausência da peça na tarde dessa quinta-feira (17), mas a ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia (Bonfim), na manhã desta sexta (18). A obra - a primeira de cima para baixo - faz parte do acervo do MAM (Foto: Divulgação) De acordo com a Secretaria da Cultura do Estado (Secult), a obra em questão é uma escultura em gesso de 1997, do artista Maurício Ruiz e pertence ao acervo do próprio MAM. Uma perícia realizada no local, pela manhã, deve ajudar na elucidação do furto. A obra levada é a primeira que aparece nas imagens divulgadas pela secretaria.

[[publicidade]]

"A gente fez uma comunicação na delegacia, estamos aguardando a perícia. É uma coisa para se lamentar. Ainda vamos comunicar ao artista o acontecimento e tentar recuperar a obra, que faz parte do acervo permanente do MAM. O que temos até o momento é exatamente o que informou a nota da Secult", disse ao CORREIO Zivé Giudice, diretor do museu.

A reportagem procurou a 3ª Delegacia, mas não conseguiu localizar o delegado titular, nem a delegada responsável pelas investigações. 

Problemas no MAM  Em novembro do ano passado, o colunista do CORREIO, Ronaldo Jabobina, denunciou a paralisação das obras de reforma do MAM, que completou um ano em outubro. Em junho, o CORREIO já havia denunciado a situação de abandono do espaço e, na ocasião, o governador Rui Costa teria solicitado ao vice-governador e secretário de Planejamento do Estado, João Leão, que realizasse vistoria no museu, considerado um dos pontos turísticos mais importantes da capital baiana.

Após visita, o vice-governador disse que voltaria a tocar a reforma, orçada em R$ 7,7 milhões, incluindo requalificações, além dos famosos arcos e o Parque das Esculturas. Em novembro, no entanto, tudo permanecia do mesmo jeito. 

Após 13 meses de paralisação, as obras de reforma foram retomadas em dezembro, com novo cronograma. A conclusão da primeira etapa está prevista para o final deste mês. A promessa, no final do ano passado, era que o governo desembolsaria R$ 7,5 milhões para a fase que inclui as finalizações dos galpões do cine-teatro e oficinas, capela, subestação, galerias e arcos, passarela e iluminação. 

Falta de funcionários Apesar do investimento, a crise financeira do MAM permanece. Em março deste ano, Ronaldo Jacobina noticiou que o museu passou a não abrir aos domingos por falta de pessoal. Por falta de recursos, apurou o colunista, houve uma demissão em massa de funcionários, por parte do Ipac. A demissão em massa impediu a visita da população a uma das mais importantes exposições brasileiras da atualidade: a do pintor Antônio Volpi.  Tela do artista ítalo-brasileiro Alfredo Volpi (Foto: Studio Roberto Reis) Segundo o diretor do local, a falta de pessoal poderia colocar a exposição em risco. “Esta é uma exposição muito valiosa e não posso submeter o acervo num dia de muito movimento sem equipe para acompanhar o público. É uma questão de segurança”, explicou o diretor Zivé Giúdice, que trouxe a exposição para a Bahia a custo zero para o estado. 

Em nota, a Secult informou, na ocasião, Ipac informou que realizaria um processo de seleção para contratar novos funcionários, porém, o processo só terminou após o fim da exposição.