Olimpíada de Tóquio-2020 pode ser adiada, admite Sebastian Coe

Ex-comandante de Londres 2012, britânico comentou sobre possível alteração dos Jogos para 2021

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de março de 2020 às 14:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Shutterstock/Reprodução

O britânico Sebastian Coe, presidente da World Athletics (antigo nome da IAAF, a Associação Internacional de Federações de Atletismo), admitiu nesta quinta-feira (19) a "possibilidade" de adiar e reprogramar a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 para o final deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus, denominado Covid-19, embora tenha dito que ainda é cedo para tomar uma decisão final.

"É possível. Tudo é possível neste momento", afirmou Sebastian Coe, durante uma entrevista para a rede de televisão britânica BBC, quando perguntado se os Jogos poderão ser disputados em setembro ou outubro. "Não é uma decisão para ser tomada neste momento, mas acho que a posição que o esporte assumiu e esse foi o sentimento da conversa que tive outro dia com o COI (Comitê Olímpico Internacional) e outras federações. É que ninguém diz que você deve ir adiante com os Jogos a todo custo".

Sebastian Coe, principal responsável pela realização da Olimpíada de Londres, em 2012, ressaltou que a mudança dos Jogos de Tóquio-2020 para 2021 acarretaria vários problemas. "No começo, pode parecer fácil, mas as federações aproveitam os anos que não são olímpicos para fazer as suas Copas do Mundo", disse

O COI manteve na última terça-feira (17) os seus planos de realizar os Jogos de Tóquio-2020 de acordo com o planejado - entre 24 de julho a 9 de agosto -, mas nos últimos dias os pedidos de adiamento do evento se multiplicaram.

Na mesma terça-feira, a Eurocopa e a Copa América de futebol, que aconteceriam em junho e julho deste ano, foram adiadas para 2021, enquanto que o torneio de tênis de Roland Garros, que aconteceria em Paris no final de maio e no início de junho, foi remarcado para setembro e outubro.

Na quarta-feira(18), o COI admitiu que "não há uma solução ideal" para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 diante da pandemia do coronavírus.