Olodum desfila na Barra com participação de Pierre Onassis

Desfile foi marcado pelo uso do turbante entre foliões

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  • Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2017 às 22:13

- Atualizado há um ano

Ivo, à direita (Foto: Thiago Freire/CORREIO)Antes mesmo dos tambores do Olodum ressoarem no Farol da Barra, na tarde deste domingo (26), já dava para notar a grande quantidade de pessoas usando turbante. Seja pelos trinta anos da música Faraó, ou pela recente polêmica em torno do adereço, muita gente aderiu e marcou o desfile do bloco de samba-reggae.

Além do turbante, as amigas Dani Santana e Dora Lopes, ambas de 32 anos, improvisaram uma coroa egípcia, entre outros adereços. Dora, professora, faz parte da Escola Olodum há 25 anos e sempre saiu no bloco. Mas dessa vez levou a amiga, também professora da escola. "Sempre gostei do Olodum, ia na pipoca. Agora ganhei o abadá e vou no bloco pela primeira vez", revela Dani, animada.Dani, à esquerda (Foto: Thiago Freire/CORREIO)Já o administrador Wellington Gonçalves, 41, caprichou na fantasia para homenagear a música que completa trinta anos. Acompanhado da esposa, a personal organizer Eva Fagundes, 46, o casal adora o Olodum e sempre acompanha o bloco. "Esse ano, por causa dos 30 anos da música Faraó, resolvemos vir a caráter", conta Eva.Quem também estava no bloco foi o "Olodum argentino". Ivo Hulsinger, 52, e Mario Palmiciano, 58, são presidente e vice da Ong La 14 Bis, que segue o mesmo modelo do bloco afro de fazer um trabalho social com jovens de periferia através da percussão e do samba-reggae, em Buenos Aires. "Já tem 8 anos que a gente vem curtir o Olodum no Carnaval e todo ano trazemos os melhores jovens pra conhecer e se inspirar", revela Ivo.A passagem do Olodum contou também com a participação do compositor e ex-integrante Pierre Onassis, que cantou sucessos como Faraó, Rosa, Requebra e Suíte do Pescador. O cantor Narcizinho ainda mandou uma mensagem, defendendo mais pessoas negras na televisão. "Precisamos ver mais o nosso povo na TV", disse.