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Lacen-BA não possui amostras sequenciadas com resultado positivo para a ômicron
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 22:44
- Atualizado há um ano
Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) a partir de 640 exames positivos para o coronavírus identificou que 31,7% das infecções foram causadas pela variante Ômicron. Feito em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, a análise considerou 30,4 mil testes RT-PCR realizados pelos laboratórios em 16 estados brasileiros durante os dias 1º e 25 de dezembro.
Entre os testes positivos, 203 (31,7%) indicaram a presença da variante Ômicron em oito Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.
O porcentual da Ômicron em relação às amostras positivas vem subindo dia após dia. Na última semana, 40% das infecções analisadas eram causadas pela variante. No dia 25, essa relação chegou a 75%.
Balanço do Ministério da Saúde divulgado na segunda-feira, dia 27, registra a confirmação oficial de 74 casos de Ômicron no País. Há outros 116 em investigação.
Para o diretor-presidente do ITpS, Jorge Kalil, os dados servem de alerta para os próximos dias, com as festas de réveillon. "É preciso lembrar que a pandemia não acabou", disse. "É urgente que os brasileiros completem o ciclo de vacinação contra a covid-19, incluindo a dose de reforço, e não abandonem a máscara, a higiene das mãos e o distanciamento social".
Kalil também ressaltou a necessidade de se prevenir para evitar a piora da pandemia no momento em que o País vive surtos do vírus da gripe H3N2, que também pressiona o sistema de saúde.
Como a Ômicron é identificada A Ômicron tem diversas mutações e deleções (remoções de fragmentos de genes), e uma em particular afeta os códons 69 e 70 do gene S (linhagem Ômicron BA.1). Quando esse trecho do gene S não é identificado no teste RT-PCR Especial, é possível indicar que se trata da Ômicron.
Bahia Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia informou ao CORREIO que o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) tenha amostras sequenciadas com resultado positivo para a ômicron.
"Ressaltamos que existe uma portaria estadual na qual todos os laboratórios devem registrar nos sistemas oficiais esse tipo de sequenciamento e até o momento não há registros. Portanto, não há como confirmar isto. Reconhecido como a 3ª maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, o Lacen-BA já analisou 800 amostras em mais de 200 municípios e não detectou essa variante", diz a nota.