Onde queres dinheiro, eu sou paixão

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  • Flavia Azevedo

Publicado em 30 de dezembro de 2018 às 13:19

- Atualizado há um ano

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Foi te ver e ri do tempo, das reticências, intervalos, sinais vermelhos e perigos do caminho. (Eu passarinho) Ato contínuo flash back de nós dois, naquele apezinho antigo. O cheiro nosso, a piscina na lua cheia, a pousada da prainha, o vôo interminável, suas coisas espalhadas no quarto teimando em se misturar com as minhas. Mãos frias, carnes vivas. Arrepio slow motion bossa nova (foda), Nina Simone em Feeling Good. Outra vez, sintonia tão fina.Tudo de novo, tudo de lindo.

(Pássaros voando alto, você sabe como eu me sinto)

Trezentos risos e não houve qualquer siso naquelas horas acesas em que se podia ouvir (ah se, os vizinhos…). Beijos de vinho, olhos abertos, fuga nenhuma, presenças bem-vindas. Eu quero você, você quer a mim. Desejamos ser/estar ali. Todo o mistério e nenhum. Nada nos veste, tudo aproxima. Luzes acesas.Teia, você, eu entregue. Sem reservas, sem pose, sem medo. Mole, doce, viva. Homem e mulher inteiros.

(Sol no céu, você sabe como eu me sinto)

Em que tempo falamos quando descrevemos a vida? (Pretéritos presentes futuristas). E essas abstrações que se encaixam, tão precisas? Que sentimentos bebemos, fumamos e rimos? E por que é sépia o encontro das nossas línguas? Quem assina toda essa tanta poesia?

(Rio correndo livremente, você sabe como eu me sinto)

Helicônias, unicórnios, aquela saudade antiga, o desenho dos meus peitos, o sinal no seu umbigo, o teto, a lâmpada, o cheiro do incenso de sempre… tudo vive e faz sentido. Universo (re)conhecido. Encontro de gente grande. Tremores, suores, delícias. Ilha de liberdade. Uma casa no alto da árvore, outra vez você em meu ninho.

(Cês me dão licença que eu vou receber o Ano Novo só com delícia e poesia)