Operação da PF mira em fraudes no Banco Regional de Brasília

Operação Circus Maximus apura crimes contra o sistema financeiro

  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Agência Brasil

Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 09:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (29) operação para investigar esquema de pagamento de propina a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB) em troca de investimentos em empreendimentos. De acordo com investigadores, as negociações totalizaram R$ 16,5 milhões ao longo do período em que os envolvidos estiverem à frente de setores estratégicos do banco.

Entre os investigados estão o presidente licenciado do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, recém-nomeado para presidir o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), além dos diretores Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços e Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro.

Em nota, o Ministério Público Federal que está conduzindo o caso informou que são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília. Ainda não há detalhes sobre locais e volume de ações.

O esquema foi delatado pelos executivos da Odebrecht, do corretor Lúcio Bolonha Funaro, operador de propinas para o MDB, e do empresário Ricardo Siqueira Rodrigues. Rodrigues montou, em sociedade com Paulo Renato, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) LSH para captar dinheiro para o extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atualmente conhecido como LSH Lifestyle, que teria sido um dos investimentos beneficiados pelo grupo.