Osba e Majur celebram Dia da Consciência negra em show on-line

Programação é iniciativa do Teatro Castro Alves

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 06:00

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Foto1: Lucas Nogueira/Foto 2: divulgação

O Teatro Castro Alves preparou uma celebração especial para o Dia da Consciência Negra, comemorado hoje. No YouTube do TCA, às 19h, é a vez da Orquestra Sinfônica da Bahia apresentar o espetáculo Osbatalá. Em seguida, às 19h40, a cantora Majur é a atração do projeto Voltando aos Palcos, com o show Ipade.

O vídeo da Osba dá destaque à música do candomblé, com a apresentação dos orikis (cantos em iorubá) O Fururu Loorere, Ajaguna Gbawa, além de Carmen, música em homenagem à atual ialorixá do Terreiro do Gantois,  Mãe Carmen. O grupo percussivo Rum Alagbê, projeto social do Terreiro Mãe Menininha do Gantois, vai acompanhar a orquestra. Márcia Short e Lazzo Matumbi fazem participação especial.

Carlos Prazeres, que é diretor artístico da Osba e rege a orquestra no Osbatalá, diz que é importante essa conexão musical com a sociedade e afirma que esse é um dos propósitos mais importantes da Sinfônica da Bahia. “Sediada na cidade mais negra fora da África, nossa orquestra encontra na parceria com o Gantois uma série de elementos vitais para alimentar essa conexão”, diz o maestro.

Iuri Passos é o idealizador e educador Rum Alagbê, além de alabê do Terreiro Mãe Menininha. “É uma grande oportunidade de exaltar a música da nossa religião, que está extremamente ligada ao povo negro neste mês da Consciência Negra”, diz Passos, que foi um dos responsáveis por adaptar os orikis para o universo sinfônico.

Majur também vai festejar as raízes negras, apresentando canções como Africaniei, que retrata a relação dela com as culturas baiana e afrodescendente. Amarelo, parceria com o rapper Emicida e a cantora Pablo Vittar, também está no repertório. "É amor e é sobretudo cura", diz Majur. Inspirada em James Brown, Tim Maia e Fat Family, a cantora faz uma MPB contemporânea com toques alternativos, que misturam soul, manipulação tecnológica e claves de matrizes africanas.