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Em fevereiro do ano passado, a ausência de duas musicistas, afastadas por problemas de saúde, expôs a crise enfrentada pela orquestra
Carmen Vasconcelos
Publicado em 5 de abril de 2017 às 14:06
- Atualizado há um ano
A Orquestra Sinfônica da Bahia começou a se organizar em 1981. Na época, o cantor e compositor Elomar Filgueiras buscava músicos para a gravação de um álbum. Terminado o trabalho, os músicos começaram a construir o embrião do que seria a companhia.
“A Osba nasceu pequena, com apenas 60 músicos, o que é muito pouco quando se trata de orquestra, o problema é que, ao longo dos anos, em vez de crescer, ela foi diminuindo”, conta João Américo Bezerra, presidente da Amigos do TCA.
Leia também:Osba passa a ser gerida pela Associação Amigos do TCA(Foto: Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO)
Em fevereiro do ano passado, a ausência de duas musicistas, afastadas por problemas de saúde, expôs a crise enfrentada pela orquestra, que publicou uma nota onde afirmava a impossibilidade de realizar um programa sinfônico, com apenas três primeiros violinos. “Não nos restou nenhuma outra alternativa a não ser realizar este concerto contando com a apresentações individuais de membros da Orquestra que tenham obras solo preparadas.O exposto revela a gravíssima situação em que a Osba se encontra, em que ausência de dois músicos impede o funcionamento do conjunto completo, além da impossibilidade de quaisquer meios alternativos de suprir eventuais ausências emergenciais”, dizia o texto.
Criada em 30 de setembro de 1982, a Osba é uma companhia que integra os corpos artísticos do Teatro Castro Alves, instituição vinculada à Secretaria de Cultura do Estado. Durante sua trajetória, a orquestra esteve sob a regência de conceituados maestros, a exemplo de Christopher Warren-Green, John Neschling, Isaac Karabtchevsky, Alex Klein, Olivier Cuendet e Ricardo Castro.