Pagaram para ver

Por Donaldson Gomes

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  • Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 00:12

- Atualizado há um ano

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O comentário no setor energético baiano é que o leilão para a descontratação de energia, realizado no final de agosto, foi um grande fracasso. As expectativas eram de que fossem retirados do mercado aproximadamente 1 gigawatt em projetos contratados, mas que ainda não estão em operação. A descontratação de projetos é importante porque vai permitir a realização de novos leilões de energia renovável – o que a forte indústria de equipamentos instalada na Bahia aguarda ansiosamente. Foram oferecidas multas baixas para quem aceitasse desistir, mas ainda assim o volume descontratado foi pouco superior aos 550 megawatts. Aqui na Bahia foram aproximadamente 200 megas, a maioria de energia fotovoltaica. A multa por desistência era bem inferior à que vai ser cobrada dos projetos que entrarem em operação fora do prazo – existem importantes empreendimentos por aqui na Bahia com esta perspectiva. Mas o que se diz é que a turma resolveu pagar para ver. 

Efeito Abengoa Quem sabe que não vai conseguir entregar a tempo projetos, mas optou por não descontratar aposta no chamado “efeito Abengoa”, dizem especialista. A empresa espanhola faliu, abandonou duas importantes linhas de transmissão pela metade, mas está brigando na Justiça contra a multa aplicada e conseguindo resultados positivos. A brincadeira que a turma faz é a seguinte: “Melhor que pagar uma multa barata para descontratar, é não pagar multa nenhuma”. 

Discutindo a transmissão Falando no que a Abengoa deixou pela metade, na próxima quarta-feira, representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estarão em Salvador para discutir a situação das linhas de transmissão para os estados da Bahia e de Sergipe, no auditório da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). É uma ótima ocasião para se cobrar do governo uma solução para o problema. Sem transmissão, não tem leilão. E isso, além de afastar novos investidores ainda põe em risco a sobrevivência da indústria de componentes elétricos que se instalou na Bahia nos últimos anos. Reservadamente, o que se diz é que atualmente há importantes fornecedores por aqui que não tem para quem vender. 

Página virada Após estabelecer uma série de mecanismos para dificultar a realização de atos ilícitos e implantar controles internos mais rígidos, o Grupo Odebrecht reúne seus fornecedores locais na sede da empresa, em Salvador, para apresentar a jornada de transformação. O encontro será conduzido por Cristina Lepikson, coordenadora de Conformidade da Odebrecht S.A. A política de conformidade da empresa estabelece que todas as empresas do grupo devem submeter seus fornecedores a um processo de avaliação, comumente chamados de due dilligence. Noventa empresas já confirmaram presença. Serão avaliadas uma série de fatores como o histórico de desempenho nas relações com o Grupo, quadro societário e atividade da companhia, origem e natureza dos recursos utilizados, valores do contrato, entre outros aspectos que poderão contribuir ao processo de análise. 

No Horizonte

Vendendo o peixe.    O Bompreço aposta em um incremento de 12% nas vendas de peixes de hoje até sexta-feira, na Semana do Peixe. A rede de supermercados realizou negociações com fornecedores para garantir descontos entre 10% e 50% nos preços dos produtos.  

 Educação.   O Grupo Positivo – um dos 10 maiores grupos de educação do país  – promove hoje o evento “Um Dia Positivo!”, no Sheraton Bahia, das 9h00 às 18h. O encontro é voltado a educadores.