Pais são presos por estuprar e matar bebê em Candeias

Criança de apenas cinco meses não resistiu ao espancamento

Publicado em 5 de novembro de 2018 às 17:16

- Atualizado há um ano

Um casal de Alagoas foi preso nesta segunda-feira (5) acusado de espancar e estuprar a filha, um bebê de apenas cinco meses, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com a Polícia Civil, a menina também tinha marcas de queimadura de cigarro pelo corpo e o ocular chegou a soltar, devido às agressões.

Identificados como Elissandro Lima da Silva, 28 anos, e Marileide Araújo dos Santos, 28, chegaram a socorrer a filha para o Hospital de Ouro Negro, mas a menina não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois.

Conforme a responsável pelas investigações, delegada Iola Nolasco Faria, Elissandro e Marileide não assumem o crime e jogam um para o outro a responsabilidade dos crimes. 

"Chegaram ao hospital dizendo que a menina estava com conjuntivite e que usaram um colírio que causou irritação nos olhos, mas não era aquilo. O estupro foi logo identificado porque, segundo os médicos, estava muito aparente a lesão no órgão da bebê", salientou Iola Nolasco.

Eles também são pais de uma outra menina de cinco anos - que agora está sob os cuidados do Conselho Tutelar de Candeias. Preso em flagrante, o casal foi levado para Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Candeias. A polícia recebeu a denúncia por meio de uma conselheira tutelar do hospital.

Ainda segundo Iola, mãe e pai não demonstraram arrependimento pelos crimes. "Nenhum tipo de arrependimento, sequer choraram", afirmou. O casal vai responder por homicídio duplamente qualificado - por motivo fútil e tentativa de encobrir outro crime [o esturpo], além de estupro de vulnerável.

"Analisaremos a possibilidade da tortura. Mas estamos aguardando o resultado dos laudos", disse a delegada, acrescentando que o casal está na Bahia há cerca de seis meses. Segundo as investigações da polícia, Elissandro trabalhava como lavrador e Marileide é dona de casa.

Até o final da noite desta segunda-feira o corpo da criança aguardava para ser removido para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), em Salvador.