Paquistanesa Malala Yousafzay e indiano Kailash Satyarthi vencem Nobel da Paz de 2014

Malala é a mais jovem ganhadora do Nobel

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  • Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 07:46

- Atualizado há um ano

Malala Yousafzay e o indiano Kailash Satyarthi (Foto: AFP)A jovem paquistanesa Malala Yousafzay, 17 anos, e o indiano Kailash Satyarthi, ativista dos direitos da criança na Índia, foram anunciados como vencedores do prêmio Nobel da Paz de 2014.  Eles vão receber 8 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 2,6 milhões. Segundo a comissão, os dois venceram "pela sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação", anunciou o comitê nesta sexta-feira (10).Malala é a mais jovem ganhadora do Nobel. Antes, o mais jovem vencedor era o cientista australiano-britânico Lawrence Bragg, que dividiu o Prêmio de Física com o pai, em 1915, aos 25 anos.

A Academia Sueca já distribuiu este o Nobel da Medicina (John O'Keefe, May-Britt Moser, Edvard Moser), da Física (Isamu Akasaki, Hiroshi Amano, Shuji Nakamura) e de Química (Eric Betzig, Stefan Hell, William Moerner), e o Nobel de Literatura (Patrick Modiano).Sobreviveu ao TalebanMalala sobreviveu depois de ter sido baleada na cabeça por membros do grupo radical islâmico Taleban, aos 15 anos, em 2002. Ela passou quatro meses internada.Malala foi baleada no dia 9 de outubro de 2002 quando seguia da escola para casa. Ela é conhecida por denunciar a repressão do Taleban às meninas que estudam, o que é contrário aos princípios da milícia paquistanesa. Malala ficou famosa quando, aos 11 anos de idade, começou a denunciar abusos do Taleban, como incêndios em escolas de meninas e morte de opositores no vale de Swat. Devido ao trabalho, a jovem recebeu prêmios diversos, incluindo o Prêmio Nacional da Paz, a honraria mais elevada do governo do Paquistão. O Taleban paquistanês a considera uma “espiã do ocidente” e já prometeu tentar matá-la de novo, caso se recupere do ataque. O seu pai, Ziauddin Yousafzai, também foi ameaçado, mas descartou que pedirá exílio quando a filha já estiver bem