Para 64% dos brasileiros, situação financeira vai piorar ou permanecer igual

A pesquisa revela também que 87% dos pesquisados não sentem confiança na economia a ponto de tomar crédito junto às instituições financeiras

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  • Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2017 às 14:31

- Atualizado há um ano

A situação econômica no país deve piorar ou permanecer igual. É o que acredita 64% brasileiros ouvidos em pesquisa desenvolvida pela agência Kantar TNS, que mediu a confiança do consumidor ao pedir crédito ou iniciar financiamentos de carros ou imóveis. O mesmo número corresponde às pessoas que não se sentem seguras em seus empregos. Para 69%, o desemprego deve aumentar nos próximos meses. Ainda de acordo com os dados, 87% não estão dispostos a tomar crédito junto a instituições financeiras, o percentual é o mais alto desde o começo do estudo - iniciado em 2014. O estudo não traz dados das regiões e estados brasileiros isoladamente. Dos 1 mil brasileiros consultados em diferentes regiões do país, 83% não se sentem dispostos a iniciar financiamentos e pretendem economizar mais. O resultado se mantém estável em comparação à pesquisa anterior, feita em outubro do ano passado. O crédito consignado é a modalidade que os brasileiros mais se sentem dispostos a tomar (40%), seguido do automotivo (31%), CDC (30%) e imobiliário (27%). A inflação é o indicador econômico que mais impacta na decisão de novos financiamentos para os entrevistados(Foto: Agência Brasil)No que diz respeito à expectativa econômica, a diretora-executiva da Kantar TNS, Valkiria Garre, mede que houve recuo na impressão dos brasileiros. “A avaliação da situação do Brasil, que em outubro de 2016 tinha apresentado melhora nos níveis de otimismo, volta a cair atingindo a patamares de 77% de ruim e péssimo”, diz. Dos indicadores econômicos, a inflação é a que mais impacta na decisão quanto aos novos financiamentos para 89% dos entrevistados, sendo que para 95% destes ela tem impactado no padrão de consumo. Os itens mais afetados, segundo os ouvidos são: lazer (81%), vestuário (75%) e alimentação (69%). “Nesta onda, observamos mudança nos padrões de consumo dos entrevistados, ou mais precisamente uma diminuição de gastos, especialmente em transporte e educação”, afirma a diretora.

Os entrevistados, de 18 a 65 anos, foram ouvidos entre os dias 07 e 17 de abril e a maior parte deles são do sexo feminino.