Para localizar sobreviventes, bombeiros usam câmera com infravermelho e super microfone

Para ouvir vítimas após desabamento em Pituaçu, profissionais pediram silêncio

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  • Thais Borges

Publicado em 13 de março de 2018 às 12:36

- Atualizado há um ano

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. por Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Silêncio. De tempos em tempos, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) pedia silêncio. Esperavam ouvir sons de possíveis sobreviventes vítimas de um desabamento no Alto de São João, em Pituaçu, na manhã desta terça-feira (13). Em meio aos escombros, usavam uma câmera com microfone com muita sensibilidade e capacidade de gravação com infravermelho.

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De acordo com o capitão Márcio Jansen, do CBM, a câmera é especializada em resgate de ‘estruturas colapsadas’ – como o imóvel que desabou. Pode ser utilizada mesmo em ambientes onde não há luz. 

“A tecnologia é uma aliada nessas situações. A gente emprega muito a força bruta, mas com a técnica adequada, porque além do risco de machucar uma possível vítima que esteja viva, tem o risco do bombeiro e da comunidade”, explicou Jansen. As câmeras são utilizadas pelas equipes de resgate e salvamento da corporação há pouco mais de um ano.

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Para acessar o local, os bombeiros têm utilizado expansores – são as chamadas almofadas pneumáticas. Quando infladas, elas afastam os escombros.“Imagine um balão, só que feito de uma borracha muito resistente. Você coloca ele vazio em um lugar e enche com ar comprimido. Ele infla e expande. Nós estamos usando de vários tamanhos diferentes, dependendo do que se queira expandir”, ilustrou Jansen. Por fim, além de equipamentos considerados ‘normais’ – como marretas e pás –, as equipes dispõem de um martelete. É um equipamento portátil que lembra uma britadeira, uma vez que o objetivo é quebrar os escombros para acessar o local. “Todos os bombeiros que estão lá são especializados em busca e resgate em estruturas colapsadas e 100% deles estão aptos a operar esses equipamentos”, garantiu.