Parque dos Sonhos revela capacidade de imaginar que crianças têm

Animação se passa no mundo imaginário da protagonista June

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  • Roberto Midlej

Publicado em 14 de março de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação

Que criança nunca imaginou que estava num lugar exatamente como ela sonhava ou nunca pensou que um dia seus brinquedos podiam ganhar vida? Logo assim, de cara, não dá pra dizer, portanto, que o argumento de O Parque dos Sonhos seja lá tão original.

A animação da Nickelodeon Movies (mesmo estúdio de Bob Esponja e dos longas das Tartarugas Ninja) conta a história de June, uma garotinha prestes a se tornar adolescente e que, como a maioria das meninas e meninos nesta fase, vive um conflito entre amadurecer ou conservar a pureza da infância.

Na verdade, June vê-se "forçada" a crescer quando é obrigada a separar-se da mãe e, aí, sente-se um tanto responsável por cuidar do pai. O problema é que a mãe é uma espécie de cúmplice da garotinha e ajuda a dar corda à imaginação da pequena. Portanto, o choque da separação será muito forte.

Juntas, mãe e filha costumam brincar e imaginar um mundo paralelo, onde os animais de brinquedo de June ganham vida. E mais: a menina imagina um parque de diversões onde esses bichinhos são reais e lhe fazem companhia. Além disso, na cabeça dela, eles são responsáveis por tocar o dia a dia daquele parque.

E cada um tem uma função: Boomer, o urso, dá as boas-vindas aos visitantes; Steve, o porco-espinho, é quem cuida da segurança; Peanut, o macaco, é o engenheiro. E por aí vai... E tem também os castores Gus e Cooper, candidatos a personagens favoritos do público, já que formam a dupla engraçadinha, como costuma se ver nas animações recentes. A dupla cuida da manutenção das atrações do lugar. June, claro usa sua vocação para liderança e coordena sua "equipe".

Vozes

No Brasil, a dublagem dos roedores ficou com uma dupla muita talentosa: Rafael Infante, ex-Porta dos Fundos, e Lucas Veloso, comediante que interpretou o novo Didi, na versão mais recente dos Trapalhões. Lucas, que estreia como dublador, comenta a experiência: “Fiquei apaixonado, cheguei ao estúdio e fui muito bem recebido pelo Wendel, que me deixou muito à vontade. Eu me senti um dublador profissional na mão dele. É um desafio gigante porque a gente não conhece o filme, o roteiro, as falas e tem que encaixar com a imagem, mas eu adorei fazer”. Lucas Veloso dá voz ao castor Gus Se por um lado, o público brasileiro ganha as vozes de bons comediantes, perde a voz de atores conhecidos e igualmente talentosos da versão original: em inglês, o pai de June, por exemplo, tem a interpretação de Matthew Broderick, velho conhecido das antigas gerações por seu papel no clássico Curtindo a Vida Adoidado (1986). Jennifer Garner e Mila Kunis também dão vozes a alguns personagens.

Nota de bastidores: o diretor originalmente era escalado era Dylan Brown, que faria sua estreia como diretor em longas, mas já tinha experiência ocupando outras funções em filmes como Os Incríveis (2004) e Ratatouille (2007). Mas Brown foi acusado pelo estúdio de "conduta inapropriada", sem que fossem divulgados detalhes. No site IMDB, espécie de "bíblia" do cinema, o filme aparece sem diretor. No material distribuído à imprensa brasileira, não há direção creditada a ninguém.