Passando o Rodo nas Praias quer sensibilizar para risco do micro lixo

A atividade é aberta, gratuita e será realizada em Stella Maris no sábado, das 8h às 17h

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 12 de março de 2019 às 13:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

As praias de Salvador e região metropolitana estão cheias de um tipo de lixo que, geralmente, não é retirado pela coleta urbana e não interessa aos recicladores. Trata-se do micro lixo formado por canudos plásticos, tampinhas diversas, lacre de latas, bituca de cigarro, palitos de picolé, coco e garrafas long neck de cerveja. Para tentar sensibilizar a população para os danos gerados por esse tipo de resíduo e assim colaborar efetivamente para a limpeza das praias, será realizado no sábado (16/3), mais uma edição do projeto Passando o Rodo nas Praias.

A atividade é gratuita e aberta, tendo início a partir das 8h, nas proximidades da rotatória da praia e do Gran Hotel Stella Maris. De acordo com uma das idealizadoras do projeto, a bióloga Carla Circenis, a proposta é unir o esporte ao processo de consciência ambiental e para isso o projeto será realizado junto com um campeonato de surf que deve se estender até às 17h.

“Para o campeonato precisamos de inscrições prévias que podem ser feitas no Instagram da Stella Surf School (www.instagram.com/stellasurfschool), no entanto, quem quiser participar das oficinas, exposições ou soltura de tartarugas é só chegar no dia”, completa Carla.

Oficinas, exposições e um concurso de surf prometem movimentar a praia de Stella Maris na manhã do próximo sábado(16). (Fotos: Divulgação) A bióloga lembra que a atividade contará com as participações do Projeto Tamar e do Instituto Baleia Jubarte, além de apresentações de falcoaria, monitoramento ambiental, com coleta e qualificação de resíduos, entre outros.“Estamos há nove anos tentando chamar atenção para a questão do lixo na praia, em especial para esse tipo de resíduo altamente poluente e que não encontra uma forma de reaproveitamento ou reciclagem, como é o caso das cascas de coco e das garrafas de long neck, embora saibamos que a fibra do coco pode ser reutilizável, assim como o vidro pode ter reuso”, comenta a bióloga. Com uma postura bem parecida, o criador do Projeto Tamar, Guy Marcovaldi, chama atenção para a necessidade urgente de se repensar uma destinação, que não os aterros sanitários, para as cascas de coco. “Especialmente no verão, quando inúmeros turistas descartam esse material sem ter ideia do dano que as cascas causam nas praias”, diz, ressaltando que o fato de ser biodegradável ou natural não significa que não polua.