Paysandu quer anular o jogo que deu acesso ao Náutico à Série B

Equipe paraense contratou advogado do Flamengo para tratar do caso

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 19:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Jorge Luiz/Paysandu

O Paysandu deve entrar, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com um pedido para anular a partida contra o Náutico, realizada no último domingo (8). O jogo valia o acesso à Série B do Brasileirão 2020 e foi ganhado pelo Timbu nos pênaltis, após acabar no tempo regular em 2x2.

Presidente da equipe paraense, Ricardo Gluck Paul foi ao Rio de Janeiro na última segunda-feira (9) para tomar as medidas legais. Para tratar do caso, o Papão contratou o escritório do advogado Michel Assef Filho - conhecido por trabalhar na defesa de jogadores e de clubes, como o Flamengo.

O Paysandu alegará uma série de problemas no confronto - com destaque para a marcação de um pênalti, quando, aos 49 minutos do segundo tempo do jogo, o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden viu um toque da bola na mão do volante Uchôa. Na hora, o Papão vencia por 2 a 1. O Náutico fez o gol e a partida foi às penalidades máximas, com o Timbu vencendo por 5x3.

Segundo um comunicado oficial do clube paraense, o time foi “prejudicado por um gravíssimo e escandaloso erro de arbitragem, com ampla repercussão na mídia nacional e nas redes sociais”.A equipe alega que o pênalti não existiu: "“Caíque Oliveira cortou de cabeça em direção contrário ao gol e a bola bateu em Uchôa, que estava com o braço totalmente colado ao corpo, sem tornar seu corpo maior de maneira antinatural. Além disso, a bola foi tocada por Caíque Oliveira na direção de Uchôa, ou seja, um próprio jogador bicolor, dentro da regra".

Ex-árbitro, Sandro Meira Ricci concordou com a visão do Paysandu e afirmou, durante o Troca de Passes, do SporTV, no último domingo (8), que foi um "erro gravíssimo"."Muito estranho esse pênalti. Não aconteceu, cabeçada do próprio companheiro. Vuaden não tinha ninguém na frente dele, estava bem posicionado. Parece que apitou no susto, bateu na mão e "pênalti". Erro gravíssimo, que se tivesse o VAR certamente chamariam o árbitro para olhar. Realmente, o conceito de bola não mão tem que ser aprimorado, mas esse é um lance muito claro", falou.O Papão também cita dificuldades passadas pelo elenco e pela comissão técnica após o fim do duelo - quando a torcida do Náutico invadiu o campo para comemorar o acesso à Série B. A delegação da equipe teria sido cercada, com o odontólogo do clube, Fernando Augusto, agredido.