Pedro Bial mistura entretenimento e jornalismo em programa de entrevistas

Estreia terça-feira o talk show Conversa com Bial. Rodrigo Santoro, Leandra Leal e Gilberto Gil são entrevistados dos primeiros programas

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  • Roberto Midlej

Publicado em 30 de abril de 2017 às 06:05

- Atualizado há um ano

Bial apresentou o BBB por 16 anos e agora terá um programa de entrevista e debates (Foto: Ramon Vasconcelos/divulgação) 

Num vídeo promocional do programa Conversa com Bial, que estreia terça-feira, o comandante do talk show, o jornalista Pedro Bial, diz ao internauta: “Quer um motivo pra assistir? Porque somos velhos conhecidos”. E é verdade mesmo: o jornalista carioca de 59 anos foi repórter e como correspondente cobriu momentos importantes como a queda do Muro de Berlim, em 1989. Nos anos 1990, apresentou o Fantástico. Passou também pela área de entretenimento, divertindo o público e os participantes do Big Brother Brasil por quinze anos. E teve ainda seu programa de entrevistas no GNT, além do Na Moral, na Globo.Agora, de segunda a sexta, Bial vai apresentar um talk show após o Jornal da Globo, na faixa que foi ocupada por Jô Soares nos últimos 16 anos.Como nos outros programas do gênero, a nova atração será marcada pela informalidade e pela junção entre informação e entretenimento. “Queremos uma pegada de humor, que é tão necessário. A ideia é levar relevância ao que aparentemente é apenas leve e vice-versa. Assim, as ideias vão circulando prazerosamente”, revela o apresentador. Para tornar mais intensa a presença do humor, a equipe do site Sensacionalista foi convidada para integrar o programa.Conforme a receita dos talk shows, uma banda musical também já está escalada.  Formado por por Loco Sosa (bateria), Anna Tréa (guitarrista), Ana Karina Sebastião (baixo), Dudu Tsuda (teclado) e Davi Bernardo (guitarrista), o grupo vai acompanhar o entrevistado quando ele for cantar. Gilberto Gil, Rita Lee, Maiara e Maraísa e Zeca Pagodinho já gravaram suas entrevistas. Mas a produção avisa que os músicos estão preparados também para acompanhar outros entrevistados que se arvorem a cantar, mesmo não sendo profissionais da área. Leandra Leal, Rodrigo Santoro e o escritor Augusto Cury também já gravaram suas entrevistas. Portanto, não se surpreenda se vir um deles cantando no programa. DebatesEmbora a entrevista seja a essência do programa, o formato é flexível e às vezes podem acontecer debates. Eventualmente, um repórter também vai atrás de informações que completem as entrevistas ou discussões. “Não diria que é uma ‘reportagem’, mas a gente vai para a rua. A gente trata de assuntos que pertencem ao universo jornalístico, mas nossa abordagem desses assuntos não é necessariamente jornalística, apesar de eu ser jornalista”, diz Bial.Há ainda um time de colunistas que irá participar quando houver um assunto relacionado à sua área: o escritor Sérgio Rodrigues (autor do livro O Drible), a cantora Karol Conká, o historiador Eduardo Bueno (da série literária Náufragos, Traficantes e Degredados) e o economista José Márcio Camargo.

Eles podem sentar no sofá com o entrevistado do dia e fazer um complemento ao papo, ou ainda traçar um comentário  final sobre o assunto  do programa. Outros especialistas poderão ser chamados, a depender do tema.A jornalista Camila Appel, por exemplo, que tem o blog Morte sem Tabu, participou da entrevista de Gilberto Gil, que falou sobre o tema. “Gil é um homem excepcional, um grande e generoso artista . Nós o convidamos para falar sobre um tema que é tabu, sim: a morte. Em 2016, Gil enfrentou problemas de saúde, ficou mais de 100 dias internado. Pensou sobre a morte, tema de várias de suas músicas”, comenta Bial. A escolha dos entrevistados, segundo Bial, não será pautada apenas pelo que está no noticiário: “Vamos atrás do que é publicado, do que está na internet, mas também o que ainda não foi dito, o que a gente ainda não sabe. Serão as coisas que estão próximas no nosso dia a dia e que fazem diferença na nossa vida”.A direção artística é de Monica Almeida e a direção de conteúdo, de Ingo Ostrovski. Experiente, Monica passou por programas como Brasil Legal, Central da Periferia e Esquenta. “Tenho a experiência de auditório e de rua e isso é muito oportuno para esse programa. Combina com o estilo de jornalismo do Pedro e do Ingo; então, acabo sempre tentando viabilizar os desejos e vontades que vêm do jornalismo para o entretenimento”, revela a diretora.Ingo aposta na diversidade da equipe do programa. Para ele, é isso que permite a diversificação dos temas: “O Conversa com Bial não tratará só de política, economia, ou comportamento e cultura. A gente trabalha para ter boas fontes em todas áreas. Temos conversado com muita gentepara buscar variedade de pensamento”.