Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Se definindo como de 'extrema esquerda', ator também criticou Bolsonaro
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2019 às 15:41
- Atualizado há um ano
O ator e humorista Pedro Cardoso demonstrou não ter papas na língua durante entrevista ao programa "Provocações", da TV Cultura. Ele relembrou sua carreira pela Globo e fez críticas à emissora "capitalista".
O artista ainda explicou que é uma pessoa de “extrema esquerda” e não ficou rico com seu trabalho, mas sim a Globo, emissora onde atuou durante três décadas e esteve envolvido em “A Grande Família”, a série mais longeva da emissora.
“Quem ficou rico com o Agostinho foi a Rede Globo. A emissora, que é o capitalista daquele negócio, que tem possibilidade de ficar rica. Eu tenho 57 anos e eu não tenho uma economia que me permita parar de trabalhar. Eu venho ao Brasil para trabalhar e venho trabalhar pelo dinheiro da bilheteria", explicou.
Críticas a Bolsonaro Além da sua antiga emissora, Pedro também falou sobre o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Ele criticou o discurso "Deus acima de tudo" entoado pelo político.
“Aí eu li lá um pensador chamado [Karl] Popper que diz o seguinte: ‘A intolerância não pode ser tolerada, porque ela nega o próprio fundamento da convivência’. Então a intolerância, a pessoa que acha que o pensamento dela dá a ela o direito de se impor ao outro como agora: ‘Deus acima de tudo’, que é o lema do fascismo vigente no Brasil", afirmou.
"Como Deus está acima de mim que não crê em Deus? Como alguém pode dizer pra mim que o Deus dele está acima de mim? Por que, quando alguém diz ‘Deus acima de tudo’, é o Deus da pessoa. Não é o Deus de qualquer um. Qual é o Deus que é posto acima de tudo? Todo mundo que fala em Deus está escondendo seu desejo de ter sua ascensão social e de ganhar dinheiro” completou.