Perseguição na Av. Vasco da Gama termina com PM baleado e um morto

Suspeitos foram perseguidos porque estavam praticando assaltos pela região. Durante a fuga, os indivíduos acabaram colidindo com um táxi

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  • Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2017 às 16:58

- Atualizado há um ano

O tiroteio assustou quem passava pelo local (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)Um tiroteio na Avenida Vasco da Gama na tarde desta quarta-feira (12) assustou moradores, motoristas e pessoas que transitavam pela via por volta das 15h. Os disparos foram efetuados durante uma perseguição da Polícia Militar a um grupo de três suspeitos a bordo de um veículo Honda Fit. De acordo com informações do Centro Integrado de Comunicação da Polícia (Cicom), um policial militar foi baleado no pé durante a operação e um dos bandidos acabou morto. 

Ainda segundo o Cicom, os suspeitos foram perseguidos porque estavam praticando assaltos pela região. Os policiais da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Barra) foram acionados para atender uma ocorrência de roubo do veículo, que teria ocorrido no bairro da Graça.

De acordo a PM, os acusados fugiram e foram acompanhados pela guarnição que teve o apoio de viaturas da 41ª CIPM (Federação). Durante a fuga, os indivíduos atiraram contra as guarnições e acabaram colidindo com um táxi modelo Toyota Etios, em frente à Clínica Hapvida. No momento do confronto, os suspeitos estavam em um Honda Fit prata, de placa OKS 9514, de Salvador. O CORREIO contou mais de 20 marcas de tiros no veículo roubado.Foto: Almiro Lopes/CORREIO)Ainda segundo a PM, na ação, os três indivíduos foram baleados e levados ao Hospital Geral do Estado (HGE). Os suspeitos foram identificados como Augusto César de Lima Júnior, 22, baleado no tórax e no braço esquerdo, Thiago Jesus Castro, 18, atingido na cabeça, e Hebert Reis dos Santos, 16 que morreu depois de ser baleado em diversas partes do corpo. Os outros dois permanecem internados. Na ocorrência, o PM Pablo da Cunha Santos, 32, foi atingido no pé e também foi socorrido para o HGE, onde passará por avaliação médica, mas não corre risco de morte.

HospitalOs policiais contaram para os investigadores do posto da Polícia Civil do HGE que a ordem para parar foi dada aos suspeitos pouco antes do tiroteio. PMs da 11ª CIPM (Barra) estavam perseguindo os suspeitos desde a Graça, mas aguardaram o reforço de outra unidades chegar para interceptar o carro roubado, o que aconteceu na Avenida Vasco da Gama. 

Ainda segundo os policiais, após receberem a voz de prisão os suspeitos atiraram contra uma das viaturas, o que deu início ao tiroteio até os bandidos perderem o controle do carro. Duas pistolas calibre 38 foram apreendidas com os três suspeitos. Uma das armas estava com três projéteis deflagrados, dois picotados e uma bala intacta. A outra pistola estava com a numeração raspada, cinco munições intactas e uma deflagrada. O material será encaminhado para a perícia.

Hebert e Thiago são moradores do bairro de Pernambués, enquanto Augusto César morava no Engenho Velho da Federação. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

PânicoUma comerciante que trabalha próximo ao local do confronto relatou o momento. “Foram muitos tiros. Na hora da agonia decidimos nos esconder dentro da loja. Foi uma correria grande, um desespero. Tivemos que nos jogar no chão”.Um dos suspeitos morreu e dois seguem internados no HGE (Foto do Leitor/CORREIO)O administrador de empresas Francisco Soares passava pelo local e ficou assustado com a quantidade de tiros. "A PM cravou o Fit (carro) de bala. Eu tava passando pelo outro lado, sentido Dique. Ouvi dois tiros, seguidos de uma rajada. O Fit então bateu no fundo do táxi. Aí ouvi mais três tiros. Tudo muito rápido. Ficou tudo engarrafado", contou. Uma estudante contou ao CORREIO que passava de ônibus pelo local na hora do tiroteio e entrou em pânico. "Eu nunca tinha ouvido tiros na vida! Pensei que eram fogos. Foi um desespero grande, me joguei no chão do ônibus", relatou ela, que é da cidade de Lagarto, em Sergipe. "Na minha cidade não tem essas coisas".

Um vendedor, que trabalha na região, tinha acabado de entrar no ônibus quando ouviu os tiros. “Foi um pânico total. Começamos a gritar para o motorista arrastar o ônibus, mas ficamos sem poder sair do lugar. Todo mundo se jogou no chão. Ficou tudo travado. Carro, moto, ônibus...ninguém passava. Foi um sufoco”.