Personagem da internet ganha filme que narra como os jovens reagem a pandemia

Protagonizado por Vagner Jesus, O Artista Suburbano - o Filme estreia nesta terça (20), no Youtube

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  • Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2021 às 10:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação

Criado em 2015 para a internet, o filme O Artista Suburbano reúne situações e comentários humorísticos de um jovem do Subúrbio. O curta metragem, que estreia nesta terça (20) no canal do projeto no Youtube, é o primeiro filme feito no Alto do Cabrito e narra as aventuras cômicas do personagem no cotidiano da comunidade.  

O personagem que dá título ao filme é interpretado pelo ator Vagner Jesus, que já produziu filmes para internet como o Nem Me Covid (2020), Manual Como Conter uma Raça Poderosa (2020), e, circulou com a peça teatral V de Viado (2018-2019) - ele também roteirizou e dirigiu o filme. O ator teve seu primeiro contato com as artes cênicas com o coletivo Teatro É o Quadrado, projeto comunitário voltado para as artes no bairro do Alto do Cabrito, que completa 25 anos neste ano.  

A trama mostra o tal artista vivendo sozinho, com pouca grana, e por isso mesmo precisa “dar seus pulos” para sobreviver financeiramente com o comércio de rua fechado em decorrência da pandemia, o que resulta em peculiares cenas de humor com requinte do suburbano. “Ele [o personagem] é um jovem, como tantos outros, que fazem sua correria para sustentar seus ideais e propõe outras narrativas sobre si e seu cotidiano”, conta o ator. 

“Quando vi a oportunidade de levantar o projeto pensei naqueles momentos do cotidiano que a gente acredita que daria um filme, que fosse de um jeito leve e divertido como é o suburbano”, conta Vagner. “Temos uma luta constante sobre como o Subúrbio é representado midiaticamente, o que reflete também no circuito de arte aqui, pois perdura uma ilusão de que o “Subúrbio não consome”. Esse filme aponta uma contramão dessa opinião, pois é uma cena muito pulsante de arte aqui", reforça.

Concentradamente no Subúrbio, a produção se comprometeu a usar insumos que viessem da própria comunidade. “Mesmo mergulhada em todas as restrições por conta da pandemia, a interação foi muito produtiva”, lembra Fabrícia de Jesus, que faz a produção local do filme. “A experiência da produção de arte dentro da comunidade deu uma oxigenada positiva no comércio local, sobretudo para mães solos que puderam ampliar suas produções e serviços a partir das necessidades das gravações”, ressalta.