Personalizados de Irmã Dulce fizeram sucesso na Fonte Nova

Produtos custavam entre R$ 1 e R$ 34 nas mãos dos ambulantes

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  • Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 19:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Fernanda Santana/CORREIO

Dizer que esteve presente num evento como a celebração da canonização de Irmã Dulce, às vezes, não é suficiente. É também preciso uma lembrança física. Neste domingo (20), a variedade de artigos era grande ao redor do estádio Arena Fonte Nova, onde foi realizada uma festa em homenagem à santificação do Anjo Bom da Bahia. Almofadas, fitinhas, terços, fotos, camisas, canetas, chaveiros, xícaras, copos, entre outros. No caminho até a porta ou nas filas aguardando a entrada, a galera foi adquirindo os produtos. 

Vendendo fitinhas personalizadas a R$ 1, o ambulante Paulo dos Santos, 36, chegou no local às 11h e faturou uns R$ 300 até o início da tarde. No ramo há seis anos, ele conta que trabalha mais com artigos católicos. Morador de Candeias, ele não estava lá só pela venda, mas também porque tem uma relação com a santa. Pai de uma criança autista, ele conta que o filho, Ian, de 10 anos, não falava e nem andava.

Há três anos, o menino começou a dar os primeiros passos. Para Paulo, trata-se de um milagre, que ele atribui à Irmã Dulce. “Rezo para ela, não tem jeito. Eu vejo com os meus olhos o que ela fez e faz”, disse ele, que estava no final da Ladeira da Fonte Nova.

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Para o padre Lázaro Muniz, a compra e venda de objetos personalizados da figura santa é uma das coisas que caracterizam a romaria. A vendedora Angélica Salvador encomendou 500 fitinhas do Bonfim para vender no dia. “Vendo em todas as festas. Carnaval, em tudo eu estou e aí, em cada uma dessas, o tema é diferente”, disse ela, que também comercializava escapulários com imagem de Irmã Dulce a R$ 10.

A variedade de camisas era grande. Penduradas em cordas ou nas mãos dos vendedores elas tinham tamanhos, estampas, tecidos e preços diferentes. Era o item mais vendido, com valores entre R$ 10 e R$ 35. Fotografias de Irmã Dulce também estavam à venda por R$ 2. Com moldura, subia para R$ 30.

O ambulante Lascofânio Anastácio encomendou 3 mil copinhos de acrílico e 2,5 mil camisas com imagem da Santa Dulce dos Pobres para vender. O preço das blusas, confessou, era variável. Dependia da cara do cliente. Podia sair por R$ 20, R$ 25 ou R$ 30. “A gente amarra o jegue conforme o cliente”, brincou.

Mais variado, o tapete de Adriana e Marcelo tinha itens que variavam entre R$ 1,50 e R$ 34. Moradores de Candeias, eles trabalham com artigos religiosos católicos e evangélicos. Ambos chegaram às 7h30, seis horas antes da abertura dos portões e pretendiam ficar até o fim do evento, previsto para as 19h30.

*O projeto Pelos Olhos de Dulce tem o oferecimento do Jornal CORREIO e patrocínio do Hapvida.